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Não é hora de comprar Méliuz, diz BofA

15 set 2021, 13:25 - atualizado em 15 set 2021, 18:11
Méliuz
Dessa forma, o banco estabeleceu em R$ 9 o preço-alvo com recomendação neutr (Imagem: Facebook/Méliuz)

A Méliuz (CASH3) guarda um futuro brilhante, mas há opções melhores no momento, aponta o Bank of America em relatório enviado a clientes.

O banco, que iniciou a cobertura das ações da empresa, afirma que apesar das boas iniciativas da companhia, isso “pode demorar um pouco para pegar”.

Dessa forma, o BofA estabeleceu em R$ 9 o preço-alvo com recomendação neutra.

“Vemos a empresa caminhando na direção certa, construindo seu ecossistema principalmente em fintech, mas acreditamos que os próximos meses serão usados ​​para integrar todos esses ativos”, completa.

Com a indicação mais pessimista, os papéis da Méliuz fecharam em leve alta de 0,39% após uma alta de mais de 30% nos últimos cinco dias. 

Expansão

Entre os pontos que o BofA chama a atenção está a expansão da empresa, como o número de funcionários, que passou de 140 durante seu IPO para 300.

“Acreditamos que pode levar algum tempo para perpetuar sua cultura em todos os canais, o que poderia impactar os resultados”, destaca, porém.

Os analistas projetam uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 78% para Méliuz.

“A ideia é alavancar em sua base de 8,8 milhões de usuários ativos, oferecendo um maior número de produtos, levando a um maior engajamento e consequentemente maior monetização. A Méliuz possui um benchmark NPS de 9/10 (Reclame aqui) que está entre suas principais vantagens para a construção deste ecossistema”, diz.

Novo Inter?

A Méliuz, sem dúvida, se tornou uma das grandes estrelas dessa nova safra de empresas que chegou com a onda de IPOs (Oferta Pública de Ações) por qual passa a Bolsa brasileira.

Apesar de um segundo trimestre considerado fraco, os analistas afirmam que isso é só um soluço perto do que a companhia pode entregar.

Diante desse otimismo, comparações com outros cases de sucesso, como Banco Inter (BIDI11) e Nubank, são inevitáveis

Segundo o analista da Nu Invest, Murilo Breder, o Net Promoter Score (NPS), métrica criada em 2003 pelo estrategista de negócios e palestrante Fred Reichheld, dá uma pista do que a Méliuz se tornará daqui para frente.

Ele destaca que a companhia chegou a registrar um impressionante NPS de 85 em seu cartão de crédito em junho de 2020 enquanto possui um NPS de 70 em seu marketplace. Uma nota entre 50 e 75 é considerado um serviço de qualidade enquanto uma nota entre 76 e 100 é considerado um serviço de excelência.