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Enquanto CSN (CSNA3) e Vale (VALE3) afundam, esta mineradora pode ultrapassar máxima histórica, vê Safra

20 ago 2024, 13:17 - atualizado em 20 ago 2024, 23:48
Aura Minerals
Na bolsa, uma ação está diretamente ligado a esse mercado: a Aura Minerals (AURA33), mineradora que faz a extração de ouro e ganha diretamente com a commodity (Imagem: Reprodução/ Site)

O setor de mineração não anda bem das pernas na bolsa. Vale (VALE3) e CSN (CSNA3), duas das principais mineradoras, acumulam tombos superiores a 30% no ano. Tudo isso por conta do minério de ferro, que desaba 33% no período.

Apesar disso, outro minério não cansa de bater recordes. Trata-se do ouro, cuja a onça chegou a US$ 2.546, o maior patamar da história. Segundo a Bloomberg, as barras do minério ultrapassaram US$ 1 milhão pela primeira vez.

Na bolsa, uma ação está diretamente ligado a esse mercado: a Aura Minerals (AURA33), mineradora que faz a extração de ouro e ganha diretamente com a commodity.

Neste ano, a ação sobe 68%, mas para o Safra o papel pode ir além. O banco elevou o preço-alvo da BDR de R$ 22 para R$ 23,9. Se atingir esse preço, renovará máxima histórica. A empresa chegou à bolsa em 2020 valendo R$ 18 e sua máxima ocorreu em março de 2021 a R$ 23.

“O desempenho do preço do ouro nos surpreendeu, e agora estimamos que os preços se estabilizarão em torno dos níveis spot de US$ 2.500/oz no 2S24”, destaca o analista Ricardo Monegaglia. Segundo ele, a alta foi puxada por:

  • taxas de juros reais mais baixas;
  • influências fortes contínuas de ETF;
  • mais aversão ao risco, desencadeada pelas tensões geopolíticas e as eleições nos EUA

“Além disso, acreditamos que as compras líquidas dos bancos centrais, lideradas pelos países emergentes, estabilizaram em níveis saudáveis, apesar de terem se moderado nos últimos meses”, diz.

Ademais, Monegaglia destaca que resultados da Aura melhorarão sequencialmente nos próximos anos devido à maior produção e menores custos graças ao ramp up de Almas e novos projetos (Borborema e Matupá).

Principais riscos são:

  1. preços do ouro inferiores ao esperado, que poderiam ser causados, entre outras razões, pelo aumento das curvas de rendimento;
  2. riscos geológicos, pois os volumes estimados podem não ser confirmados;
  3. riscos de execução, que poderiam causar atrasos nos projetos ou reduzir as taxas de retorno;
  4. questões regulatórias, como tributação e licenciamento; e
  5. riscos ambientais inerentes às atividades de mineração.

As ações da Aura Minerals (AURA33) encerraram o pregão desta terça-feira (20) com alta de 0,63%, a R$ 19,16.



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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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