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Não deu para o Ifix: Índice acumula queda de 2,58% em setembro e tem último dia do mês negativo

01 out 2024, 8:44 - atualizado em 01 out 2024, 8:44
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No ano, o acumulado foi revertido novamente e o índice tem queda de 0,03%. (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) fechou o dia em queda, apesar do costume de apresentar alta no último pregão do mês por conta de anúncio de dividendos de diversos FIIs. Na segunda-feira (30), o índice caiu 0,10%, chegando aos 3.305,97 pontos.

No mês, o IFIX acumulou queda de 2,58%, com 19 pregões no vermelho. No ano, o acumulado foi revertido novamente e o índice recua 0,03%.

O frequente desempenho negativo do índice neste último mês tem como pano de fundo não só a retomada do ciclo de alta na taxa de juros, como também uma sazonalidade já conhecida dos mercados. Esse período é quando se discute orçamento, que tem sido um assunto sensível.

“Surpresas negativas envolvendo os gastos fiscais – tal como observado no último relatório bimestral de receitas e despesas – não são exceções no Brasil”, dizem Caio Mesquita e Felipe Miranda, analistas da Empiricus Research, em relatório recente.

Outro ponto de atenção no mês foi o cenário internacional. Os sinais de desaceleração na China e Europa e o aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio também não ajudaram a manter o mercado confiante.

Entre os destaques positivos, porém, os analistas apontam para o início do ciclo de cortes da taxa de juros pelo Federal Reserve, nos Estados Unidos. Por aqui, apesar de um ambiente desanimador, houve uma surpresa positiva com a recente divulgação do IPCA-15 de 0,13%, bem inferior às estimativas do consenso.

Apesar disso tudo, os profissionais avaliam que o movimento de alta dos juros “já estava na conta do mercado”, porém, setembro reservou um cenário ainda mais negativo para os ativos de risco.

Para outubro, ainda é possível uma aversão ao risco, principalmente pela ausência de disciplina fiscal do governo, mas o último trimestre do ano normalmente tem uma recuperação. A média é de um retorno de 4,8%, segundo os analistas da Empiricus

As maiores altas e baixas do IFIX no último pregão

Entre os destaques positivos do IFIX, o Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11) avançou 4,07%, a R$ 6,40. Na sequência, apareciam os fundos RBR Plus Multiestratégia Real Estate (RBRX11), com alta de 2,98%, a R$ 8,63, e Hotel Maxinvest (HTMX11), que subiu 2,32%, a R$ 206,90.

Fundo Ticker Variação (positiva) R$
Vinci Imóveis Urbanos VIUR11 +4,07% 77,27
RBR Plus Multiestratégia Real Estate RBRX11 +2,98% 8,63
Hotel Maxinvest HTMX11 +2,32% 206,90
BRPR Corporate Offices BROF11 +2,26% 47,50
XP Industrial XPIN11 +1,95% 75,43

Na ponta negativa, estava o Green Towers (GTWR11), que recuou 1,63%, a R$ 78,70. O JS Ativos Financeiros (JSAF11) caiu 1,57%, cotado a R$ 93,02, enquanto o Vbi Prime Properties (PVBI11) desvalorizou 1,28%, a R$ 84,24.

Fundo Ticker Variação (negativa) R$
Green Towers GTWR11 -1,63% 78,70
JS Ativos Financeiros JSAF11 -1,57% 93,02
Vbi Prime Properties PVBI11 -1,47% 84,24
Vinci Offices VINO11 -1,35% 5,10
BTG Pactual Logística BTLG11 -1,33% 97,83

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