Não deu para o Ifix: Índice acumula queda de 2,58% em setembro e tem último dia do mês negativo
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) fechou o dia em queda, apesar do costume de apresentar alta no último pregão do mês por conta de anúncio de dividendos de diversos FIIs. Na segunda-feira (30), o índice caiu 0,10%, chegando aos 3.305,97 pontos.
No mês, o IFIX acumulou queda de 2,58%, com 19 pregões no vermelho. No ano, o acumulado foi revertido novamente e o índice recua 0,03%.
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O frequente desempenho negativo do índice neste último mês tem como pano de fundo não só a retomada do ciclo de alta na taxa de juros, como também uma sazonalidade já conhecida dos mercados. Esse período é quando se discute orçamento, que tem sido um assunto sensível.
“Surpresas negativas envolvendo os gastos fiscais – tal como observado no último relatório bimestral de receitas e despesas – não são exceções no Brasil”, dizem Caio Mesquita e Felipe Miranda, analistas da Empiricus Research, em relatório recente.
Outro ponto de atenção no mês foi o cenário internacional. Os sinais de desaceleração na China e Europa e o aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio também não ajudaram a manter o mercado confiante.
Entre os destaques positivos, porém, os analistas apontam para o início do ciclo de cortes da taxa de juros pelo Federal Reserve, nos Estados Unidos. Por aqui, apesar de um ambiente desanimador, houve uma surpresa positiva com a recente divulgação do IPCA-15 de 0,13%, bem inferior às estimativas do consenso.
Apesar disso tudo, os profissionais avaliam que o movimento de alta dos juros “já estava na conta do mercado”, porém, setembro reservou um cenário ainda mais negativo para os ativos de risco.
Para outubro, ainda é possível uma aversão ao risco, principalmente pela ausência de disciplina fiscal do governo, mas o último trimestre do ano normalmente tem uma recuperação. A média é de um retorno de 4,8%, segundo os analistas da Empiricus
As maiores altas e baixas do IFIX no último pregão
Entre os destaques positivos do IFIX, o Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11) avançou 4,07%, a R$ 6,40. Na sequência, apareciam os fundos RBR Plus Multiestratégia Real Estate (RBRX11), com alta de 2,98%, a R$ 8,63, e Hotel Maxinvest (HTMX11), que subiu 2,32%, a R$ 206,90.
Fundo | Ticker | Variação (positiva) | R$ |
---|---|---|---|
Vinci Imóveis Urbanos | VIUR11 | +4,07% | 77,27 |
RBR Plus Multiestratégia Real Estate | RBRX11 | +2,98% | 8,63 |
Hotel Maxinvest | HTMX11 | +2,32% | 206,90 |
BRPR Corporate Offices | BROF11 | +2,26% | 47,50 |
XP Industrial | XPIN11 | +1,95% | 75,43 |
Na ponta negativa, estava o Green Towers (GTWR11), que recuou 1,63%, a R$ 78,70. O JS Ativos Financeiros (JSAF11) caiu 1,57%, cotado a R$ 93,02, enquanto o Vbi Prime Properties (PVBI11) desvalorizou 1,28%, a R$ 84,24.
Fundo | Ticker | Variação (negativa) | R$ |
---|---|---|---|
Green Towers | GTWR11 | -1,63% | 78,70 |
JS Ativos Financeiros | JSAF11 | -1,57% | 93,02 |
Vbi Prime Properties | PVBI11 | -1,47% | 84,24 |
Vinci Offices | VINO11 | -1,35% | 5,10 |
BTG Pactual Logística | BTLG11 | -1,33% | 97,83 |