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Namoro entre Tim e Oi só avança para noivado em 2019, avalia banco

15 mar 2018, 19:30 - atualizado em 15 mar 2018, 19:30
Os preparativos para deixar a Oi mais desejada vão além de arrumar a própria casa

Apesar do aumento dos rumores na indústria sobre a possibilidade de a Tim (TIMP3) e a Oi (OIBR3; OIBR4) se unirem, este namoro que pode ter sido iniciado mês passado quando as duas encerraram uma disputa sobre compartilhamento de infraestrutura, o banco suíço Credit Suisse entende que o avanço para um noivado só deve acontecer em 2019. Além disso, não é certeza de que a Tim subirá ao altar.

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De acordo com o jornal O Globo, quem encampa a proposta de casamento é o fundo Elliot, que é acionista da controladora da Tim, a Telecom Italia, e que em 2016 tentou abocanhar 60% da empresa carioca por R$ 9,2 bilhões. A união entre as duas tem sido comentada no mercado durante os últimos meses, ao passo que a Oi sai de sua recuperação judicial e põe a casa em ordem para voltar ao lucro.

“Embora concordemos com o raciocínio estratégico da fusão devido aos seus ativos complementares e sinergias e reconheçamos que essa fusão foi citada por ambas como um acordo que eventualmente faria sentido, discordamos de que ele é tão certo quanto o artigo sugere e sobre os pontos listados como evidência”, destacam os analistas Daniel Federle, Felipe Cheng e   Juan Pablo Alba.

Eles explicam que, de fato, o Elliot tem planos para maximizar o valor para os acionistas da Telecom Italia, porém não há evidência de que a fusão no Brasil seria uma peça fundamental para o racional por trás do aumento da participação do fundo na controladora. O banco pontua também que não é certo que o fundo irá conseguir realizar mudanças no Conselho da TI ou terá o apoio de outros investidores para implementar os seus planos.

O relatório é otimista sobre os efeitos de uma união, mas que o impacto seria maior para a Oi, já que os desafios da reestruturação após a recuperação judicial são enormes. “O melhor posicionamento da TIM, no entanto, poderia dar à empresa uma vantagem nas discussões sobre os termos da fusão. Por último, nosso caso base é que a Oi acabará por ser adquirida (não necessariamente pela TIM), mas provavelmente somente em 2019”, concluem.

Os preparativos para deixar a Oi mais desejada vão além de arrumar a própria casa, mas passam também por questões setoriais e regulatórias, como a aprovação da nova lei geral das telecomunicações e solução para as disputas da empresa com a Anatel.

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