Nada de NFTs ou Criptos: Os novos tipos de investimentos, que de novos não tem nada

Muito tem se falado nos últimos meses sobre a febre das criptomoedas e dos NFTs, como os investimentos que vão mudar a maneira como os grandes investidores alocam seu dinheiro.

É claro que, o endosso de celebridades e grandes empresários como Elon Musk falando sobre o assunto todo dia, desperta interesse e acende os olhos, mas, e se eu te dissesse que o novo tipo de investimento já está debaixo do nosso nariz desde antes dos próprios títulos de empresas negociadas em bolsa existirem?

As primeiras ações que se tem registro foram emitidas em 1602, lá na bolsa de Amsterdã, e desde então o mercado foi evoluindo com títulos que oferecem mais possibilidades aos investidores, como as debêntures e vários outros.

Até que chegamos aos tempos de hoje, onde a nova febre são os ativos digitais.

Enquanto os títulos bancários e ações são atrelados às operações dos bancos e das empresas, as criptos e NFTs são lastreadas na própria escassez de mercado, sem o controle do governo, o que muitos veem como ponto positivo.

Mas existe também um outro tipo de investimento, que apesar de muito presente na nossa vida, não tem o mesmo “hype” atual que o mercado acionário e o mercado digital, mas em muitos casos, pode ser um investimento que combina melhor com a sua carteira.

Para explicar melhor esse modelo, é importante dar um passo para trás e dar uma olhada no contexto histórico.

Desde que o mundo é mundo, as pessoas fazem operações financeiras. Começou por meio do escambo, depois veio a evolução da moeda, e no momento em que o mercado se estabelece e as pessoas eram responsáveis dentro de seus ciclos pela produção ou donos de algum ativo de utilização, começa também a comercialização da posse, por meio do tão conhecido aluguel.

É comum investir em operações financeiras e em moedas, mas você já pensou em investir em aluguel?

Isso mesmo, quando você investe em um fundo imobiliário ou compra um imóvel, você está investindo na operação de aluguel de uma empresa ou de um grupo de empresas.

Pode parecer óbvio trazendo o exemplo de aluguel de casas, o modelo mais consolidado, mas com a tendência de economia voltada para usar e não ter, cada dia que passa é mais comum ver alguém com um carro ou um celular pertencente a uma empresa que oferece modelos de assinatura desses bens.

Hoje, pode parecer loucura quando falo que existe a possibilidade de financiar uma operação de aluguel, mas você nem reparou que isso já acontece no mercado por meio de debêntures ou dos fundos imobiliários.

O “novo” tipo de investimento é justamente o investimento atrelado a ativos reais, que hoje muita gente atrela a investimentos alternativos, mas na verdade ele sempre esteve à nossa volta.

Você já parou para pensar quantas vezes buscamos uma solução brilhante e inovadora, quando a resposta para o nosso problema estava, na verdade, embaixo do nosso nariz o tempo todo?

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