Na recuperação judicial do Grupo Petrópolis, o que atrapalha uma possível aquisição
O Grupo Petrópolis, que pediu recuperação judicial, não é uma pequena cervejaria nem um grande player. Para a XP Investimentos, a empresa tem o “tamanho errado” para encontrar melhores soluções.
“Devido a sua operação de distribuição, que é mais forte no sudeste do Brasil, há uma sobreposição em relação a outros distribuidores, o que pode tornar um M&A [operação de fusão e aquisição] menos interessante”, disse a corretora.
Para distribuidores menores, no entanto, destacou, o apetite seria por um player regional, não por uma indústria grande e em dificuldades.
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Concorrente do Petrópolis em alta
Na véspera, as ações da Ambev (ABEV3), concorrente do Grupo Petrópolis, subiram após a notícia da recuperação judicial.
No entanto, a XP avaliou que, embora a primeira análise da notícia seja marginalmente positiva para a AmBev (se não neutra), o avanço dos papéis da companhia deveria mais por uma correção de assimetrias, e não a uma mudança de fundamentos.
O Grupo Petrópolis afirma dever R$ 2 bilhões com obrigações financeiras e de mercados de capitais. As dívidas com terceiros somam R$ 2,2 bilhões.
A empresa pediu que os bancos Santander, Daycoval, BMG e Sofisa e o fundo Siena sejam obrigados a liberar valores mantidos nas conta do grupo, sem retê-los ante o pedido de recuperação judicial.