Na Nestlé, os pets são permitidos todos os dias no escritório; empresa planeja ampliar benefícios
O benefício de levar cães e gatos todos os dias para o trabalho já é uma realidade para os colaboradores da Sede da Nestlé Brasil, localizada na capital paulista desde o começo do mês.
O Brasil é o primeiro mercado da Nestlé na América Latina a implementar o projeto que nasceu nos Estados Unidos.
Essa é uma expansão do programa Pets at Work — uma iniciativa realizada em datas pontuais com programação especial tanto para o pet, quanto para o tutor. Ao longo das seis edições do programa, a empresa recebeu mais de 500 pets.
Melhor amigo do homem e colega de trabalho
Segundo a pesquisa Radar Pet 2021, o número de pets nos lares brasileiros cresceu 30% durante a pandemia da Covid-19; 23% dos tutores acolheram seu primeiro pet no período de isolamento social.
Para a gerente de bem-estar e reconhecimento da Nestlé, Katia Regina, com a pandemia a visão do animal como uma companhia se intensificou. E essa parceria, identifica ela, é um fator de motivação e aumento de produtividade.
Hábitos que não são os ideais, mas que acontecem muito também são reduzidos com a presença dos bichanos no escritório. Para a coordenadora de marketing da marca Ninho, Maitê Santos de Carvalho, estar com sua cachorrinha no trabalho a leva a ter hábitos melhores como cumprir a sua hora de almoço.
Há dois anos e meio na empresa, com boa parte do tempo em home office, a coordenadora de marketing entende que “os cachorros conectam as pessoas”. Sua simpática cocker spaniel, Madalena, é prova disso.
A cachorrinha — que é um pet da pandemia, ou, como define Maitê uma “bebê Covid” — faz sucesso no escritório. Sua tutora, ou melhor, mãe, já considera que “não é possível trabalhar sem ela” e entende que a possibilidade de levar Madalena para o trabalho a estimulou a voltar ao modelo presencial.
Nestlé e os benefícios para além da vida de cão
Para a Nestlé bom para cachorro é pouco. O programa é levado a sério e os colaboradores interessados devem se inscrever previamente e comprovar que os pets estão com as vacinas em dia e boa saúde.
A companhia tomou o cuidado de criar uma cartilha de orientações para os funcionários interessados. Coisas como ter um pet sociável é um dos critérios, mas a gerente de bem-estar e reconhecimento, Katia Regina, reconhece que o bom senso tem sido um grande aliado para a iniciativa.
Os tutores também devem garantir que o animal esteja com a coleira e os brinquedinhos, providenciar água fresca e
alimentação durante o dia em que eles estiverem no prédio, além de se responsabilizar pela higiene e cuidados do animal.
Estruturalmente, não foram necessárias grandes alterações.
Duas áreas pet place foram viabilizadas em conjunto com a Brooksfield, administradora do prédio, no lado externo, sendo uma para cães e outra para gatos, ainda em construção.
Os espaços são adequados para os colaboradores passearem com os pets em alguns momentos do dia para descompressão.
Em contrapartida, a empresa oferece alguns mimos para os cuidadores com dias com atividades especiais, como aconteceu na quinta-feira (26), com direito a caricatura dos donos com os bichinhos, cafés temáticos e decoração. Além do desconto para a compra de produtos e a parceria com uma creche para os filhotes.
O escritório é a extensão da casa?
Atualmente, a Nestlé adota o modelo híbrido de trabalho, entretanto, a gerente de bem-estar e reconhecimento reforça que não é somente a alternância entre o home office e as idas ao escritório, mas sim a flexibilidade genuína para os colaboradores.
A empresa adota o híbrido e flexível, ou seja, não existem dias fixos para ir trabalhar presencialmente, os quais variam conforme as necessidades e demandas dos funcionários, explica a gerente.
Antes mesmo da pandemia, acrescenta Regina, a multinacional já permitia o home office, porém, com a Covid, eles perceberam que houve uma melhor adaptação e que “as pessoas se redescobriram no híbrido”, afirma ela.
Para o dono do Romeu, o Co-pilot FP&A (planejamento e análise financeira, em português) da Nestlé Health Science, Everton dos Santos Camargo, estar no escritório é importante, mas com a volta ele percebeu que seu bulldog inglês sentia a sua falta ao longo do dia.
Há 14 anos no mercado financeiro e na Nestlé, Everton começou como jovem aprendiz em uma fábrica da empresa e nunca imaginou poder ir trabalhar com o seu cachorro. Romeu entrou em sua vida durante a pandemia e hoje é como um filho para ele.
Essa extensão da casa que mistura a vida profissional e pessoal é algo que a Nestlé identifica como positivo, como ressalta Regina, chegando ao perceptível alivio do estresse no ambiente de trabalho.
Como próximo passo, conta a gerente, a empresa estuda ampliar a iniciativa para além dos pais de pet. É possível que em um futuro não tão distante as crianças possam também frequentar o escritório. Será que vem aí um Kids at Work?
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