Internacional

Na mira de Trump: Presidente dos EUA diz que Brasil é um dos países que ‘taxam demais’

28 jan 2025, 10:15 - atualizado em 28 jan 2025, 10:17
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Trump ameaçou dobrar os impostos para cidadãos e empresas estrangeiras como retaliação às taxas aplicadas a multinacionais americanas. (Imagem: REUTERS/Brendan Mcdermid)

O Brasil entrou de vez na mira de Donald Trump. Na segunda-feira (27), o presidente dos Estados Unidos incluiu o país entre os que “taxam demais” e “querem mal” aos EUA, durante um evento com congressistas republicanos.

“Coloque tarifas em países e pessoas estrangeiras que realmente nos querem mal”, disse Trump. “A China é um grande criador de tarifas. Índia, Brasil, tantos, tantos países. Então, não vamos deixar isso acontecer mais, porque vamos colocar a América em primeiro lugar, sempre colocar a América em primeiro lugar”, completou.

Logo após sua eleição, Trump já havia usado o Brasil como exemplo de país com tarifas alfandegárias excessivas sobre produtos americanos. No final de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que institui o imposto mínimo global sobre multinacionais, estabelecendo uma tributação de, no mínimo, 15% sobre os lucros dessas empresas.

Agora, após assumir seu novo mandato, Trump ameaçou dobrar os impostos para cidadãos e empresas estrangeiras nos EUA como retaliação às taxas aplicadas a multinacionais americanas.

O presidente também retirou os EUA do pacto tributário global, acordado no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e determinou a elaboração de um relatório sobre empresas que violam acordos tributários com os EUA, além de legislações que prejudiquem companhias americanas.

O novo governo baseia suas medidas em um código tributário americano com mais de 90 anos, que autoriza ações retaliatórias contra países que discriminem multinacionais americanas. Esse mecanismo permite a imposição de impostos punitivos sobre cidadãos e empresas de tais países.

Trump já anunciou que, no início de fevereiro, vai impor tarifas de 10% a 25% sobre produtos de Canadá, México e China. No último fim de semana, o presidente ameaçou aplicar uma tarifa alfandegária de 25% sobre a Colômbia, após o país se recusar a aceitar voos com imigrantes deportados pelos EUA.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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