Na hora de investir, em quem eu devo confiar?
Por Tito Gusmão, CEO do Warren
“O tio da amiga do meu irmão disse que o melhor investimento são imóveis”
“O namorado da mãe da prima do meu dindo disse que o melhor investimento são ações”
“O avô do vizinho da mãe do cunhado do meu pai disse que certo mesmo é investir na poupança”
Vai dizer, é mais ou menos assim quando você procura sobre investimentos. Você começa a perguntar e começam a chover opiniões. Sempre tem alguém que sabe algo sensacional sobre investimentos. Sempre tem alguém que ganhou muito dinheiro com tal investimento. Sempre tem alguém que perdeu tudo com aquele outro tal de investimento. E sempre tem alguém perdido que não sabe nada sobre investimentos e manda você mudar de assunto.
E mais complicado ainda é quando você procura, então, o seu gerente de banco que sugere um produto mais interessante pra ele mesmo do que pra você.
Neste mar de opiniões e gente sabida, ou nem tanto, você fica perdido sem saber exatamente para onde ir ou em quem confiar.
E então, o que fazer?
Você precisa ter as rédeas dos seus investimentos, pois a melhor pessoa que você pode confiar seus investimentos é você mesmo.
É difícil?
Nem tanto. O mundo de investimentos pode sim parecer um labirinto, mas não é tão difícil assim encontrar a saída e ela começa em três passos:
Primeiro passo é você descobrir qual o seu perfil. Se é uma pessoa mais conservadora, que não pode nem imaginar seus investimentos oscilando, ou se é uma pessoa mais arrojada, que aceita a turbulência em prol de um retorno maior no futuro. Essa pergunta já ajuda a ter uma boa noção, mas existem algumas plataformas a disposição para fazer este teste para você.
O segundo passo é descobrir o seu objetivo de investimento. Você tem que saber por qual motivo você quer investir. Os dois objetivos mínimos que todas as pessoas precisam ter são o objetivo de Emergência, que é uma reserva para gastos emergenciais de curto prazo e o objetivo Aposentadoria, que é o seu dia da liberdade. O dia quando você acumula um montante do qual vai se sustentar.
O terceiro passo vem como resultado dos dois passos anteriores e é saber onde investir. Você precisa escolher os produtos certos nas quantidades certas para o seu perfil e cada um dos seus objetivos de investimento. Objetivos de curto prazo precisam de produtos de renda fixa pós-fixados, com possibilidade de resgate imediato. Objetivos de longo prazo (mais de 5 anos) podem ter ações na sua alocação, mesmo que você seja conservador, pois isso trará mais performance.
Fique atento a taxas, riscos e regras de resgate dos produtos. Por exemplo, um fundo de investimentos que cobra mais de 1% de taxa de administração já começa a ficar caro. Existem CDBs que tem prazo de carência de mais de 3 anos.
Bons investimentos.