Economia

Myanmar abre mercado para carne suína do Brasil; BRF e Aurora veem oportunidade

28 jul 2020, 20:07 - atualizado em 28 jul 2020, 23:22
Carne, suina
Com 53 milhões habitantes, a população de Myanmar tem consumo per capita médio de 17,5 quilos anuais de carne suína, informou a ABPA (Imagem:REUTERS/Rodolfo Buhrer)

Frigoríficos do Brasil ganharam autorização para exportar carne suína para Myanmar, disseram nesta terça-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e o Ministério da Agricultura.

Segundo a pasta, o governo brasileiro recebeu o comunicado das autoridades sanitárias de Myanmar com o aceite da proposta de modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) para respaldar as exportações brasileiras de carne suína e seus produtos para aquele mercado.

“(Sendo assim) todos os estabelecimentos brasileiros registrados no Mapa, no âmbito do Serviço de Inspeção Federal (SIF), estão considerados aptos a exportar carne e produtos cárneos de suínos para Myanmar”, afirmou a pasta.

O presidente da ABPA, Francisco Turra, ressaltou em comunicado que Myanmar é uma das nações da Ásia que tem sofrido com perdas geradas pela peste suína africana, com impacto direto na oferta local de proteína animal.

“Neste contexto, o Brasil, que já é parceiro do país asiático para o abastecimento de carne de frango, agora consolida sua posição também no setor de suínos”, disse o executivo.

Com 53 milhões habitantes, a população de Myanmar tem consumo per capita médio de 17,5 quilos anuais de carne suína, informou a ABPA.

A BRF (BRFS3) informou que já embarca frango para o Myanmar e vê com otimismo a abertura para o segmento de suínos.

“Considerando o aumento do consumo de proteína no sudeste asiático, por conta do crescimento econômico, bem como o impacto da peste suína africana nos rebanhos locais, trata-se de uma oportunidade interessante para a BRF nesta região asiática.”

Na mesma linha, a cooperativa Aurora Alimentos, uma das principais exportadoras de suínos do país, disse que vai se apresentar ao ministério como interessada em acessar o Myanmar.

“A Aurora deve participar, sim, desse novo mercado”, estimou.