Musk vs. Zuckerberg: Quem leva a melhor na bolsa de valores?
Mesmo que beire o surrealismo, ainda paira a possibilidade de um confronto entre Mark Zuckerberg e Elon Musk.
Tudo começou quando Musk respondeu um de seus seguidores no Twitter que aceitaria enfrentar o CEO da Meta ‘luta na jaula’, termo utilizado para se referir aos combates de MMA (artes marciais mistas).
Zuckerberg aceitou o ‘desafio’ dentro da sua própria rede social, o Instagram, dizendo esperar apenas que Musk escolhesse o local para a luta.
Não demorou muito para que Dana White, presidente do UFC, organização que produz os maiores eventos de MMA do mundo, interviesse na discussão com o objetivo de tornar a polêmica de internet em um evento real e de proporções inéditas para o esporte.
Em entrevista, White diz estar trabalhando para que aconteça a luta, com a qual ele espera obter um faturamento de US$ 1.8 bilhão.
Há, no entanto, um grande obstáculo nos planos de White: a mãe de Elon Musk. Em um comentário feito na conta do Twitter, Maye Musk vetou a possibilidade do confronto físico.
Actually, I canceled the fight. I haven’t told them yet. But I will continue to say the fight is canceled, just in case…? https://t.co/y9gg9qrnuQ
— Maye Musk (@mayemusk) June 22, 2023
Enquanto a participação de Musk permanece ‘pendurada’ pela autorização de sua mãe, toda a internet continua especulando qual seria o vencedor desse embate.
Ainda segundo White, os dois bilionários possuem condições de combate, com Zuckerberg sendo medalhista em dois torneios de jiu-jitsu e Elon Musk também tendo praticado o esporte.
Mas a rivalidade entre dois dos homens mais ricos do mundo também respinga para fora dos limites do octógono.
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Tesla vs. Meta
Na Bolsa de valores de Nova York, o ‘enrosco’ de Musk e Zuckerberg também continua tendo desdobramentos.
Um primeiro embate se resume entre as ações de Meta (META) e Tesla (TSLA), que travam uma competição em busca do título de campeã das Big Techs em 2023. Tudo bem que isso teria mais a cara de uma semifinal, com a ‘azarona’ Nvidia despontando na frente de suas concorrentes.
A julgar pelo desempenho das ações na janela de 30 dias e do acumulado de 2023, a rinha META vs. TSLA é bastante acirrada. No último mês de negociação, a Tesla vence a Meta, com uma valorização de 21,36% contra 8,71%.
Porém, na janela de 2023, a holding do Facebook supera a fabricante de veículos elétricos, ao valorizar 129%, contra 126%.
Como relembra Bernando Brites, co-fundador da Trace Finance, o início do ano da Tesla ainda foi um tanto quanto conturbado. Tornou-se público o descontentamento de acionistas e membros da diretoria da empresa com a falta de foco de Musk enquanto CEO.
Segundo as críticas dos executivos, o bilionário parecia muito mais interessado nas polêmicas do Twitter, a sua então nova aquisição, do que conduzir a governança da Tesla. Com a passagem do comando do Twitter para Linda Yaccarino, os ânimos se esfriaram.
Ao fim e ao cabo, Meta e Tesla são duas das principais beneficiárias pelo começo da nova fase do aperto monetário dos Estados Unidos.
Com os juros ultrapassando os 5% e sinais de arrefecimento da inflação, a expectativa de que o BC norte-americano conclua o ciclo de altas em algum momento de 2023 levou as ações de tecnologia – que possuem expectativas de lucro sensivelmente atreladas às flutuações dos juros futuros – a desempenharem um forte rali.
De acordo com dados compilados pela S&P, apenas 7 companhias, grupo do qual Meta e Tesla fazem parte, carregam a performance surpreendente do S&P 500 em 2023. O índice entrou recentemente em um bull market, negociando acima de 4,300 pontos.
Twitter vs. Meta
Já olhando para outro lado do embate Musk vs. Zuck, o da ‘rinha de redes sociais’, novos desdobramentos vindos do lado Meta Platforms prometem tirar o sossego do ‘passarinho azul’.
“Meta está trabalhando em um concorrente direto ao Twitter”, coloca Brites. O co-fundador da Trace Finance se refere ao chamado Projeto 92, aventado no início do mês por diretores da Meta.
A ferramenta chegou a ser apresentada aos funcionários em reunião do dia 8 de junho, segundo o Wall Street Journal. Chris Cox, diretor de produtos da big tech, disse que o aplicativo é uma “resposta” da controladora do Instagram ao Twitter.
Alfinetando Musk, que se tornou afeito a polêmicas caóticas em sua rede social, Cox declarou que o aplicativo surgiu da necessidade de uma plataforma “gerida de maneira sensata”. A empresa agora trabalha em parcerias com grandes figuras públicas para apoiar o lançamento do projeto.