Musk já vendeu US$ 40 bilhões em ações para se ‘proteger do pior’
Elon Musk, o ex-homem mais rico do mundo, não irá mais vender ações da Tesla (TSLA), companhia da qual é dono, pelos próximos dois anos. A revelação foi feita no Twitter Spaces, a ferramenta de bate-papo participativa da rede.
O comentário de Musk, feito na quinta à noite, veio na esteira do tombo das ações da empresa no pregão da quinta-feira. Com uma desvalorização que supera os 60% no ano, a Tesla (TSLA) tem sofrido diante das preocupações sobre a desaceleração na demanda por carros elétricos.
O CEO da Tesla disse que precisou vender “algumas ações” como maneira de se preparar para um pior cenário na economia.
Não é a primeira vez que o bilionário fez a promessa de que pararia de vender ações da Tesla, somente para depois vendê-las. Na semana passada, ele revelou a venda de um lote de mais US$ 3,6 bilhões em papéis da montadora, o que elevou o total vendido para US$ 40 bilhões desde o final de 2021.
A venda das ações frustra os investidores, incomodados com o menor nível das ações da Tesla em mais de dois anos.
Musk ainda afirmou que o conselho de administração da Tesla não descarta um programa de recompra de ações, mas isso dependerá da escala da recessão que poderá acometer os EUA no próximo ano.
Montadora de Musk prepara outra onda de demissões
Uma nova onda de demissões pode estar chegando na fabricante de carros elétricos Tesla no próximo trimestre, informou o site de notícias Electrek nesta quarta-feira, citando uma fonte familiarizada com o assunto. A montadora também irá congelar as contratações, de acordo com a notícia.
O corte de custos ocorre em um contexto da renovadas incertezas no cenário macroeconômico. Embora ainda seja a montadora mais valiosa do mundo, a Tesla já perdeu mais de US$ 700 bilhões em capitalização de mercado desde a máxima histórica de sua ação.