Economia

Mundo vive a menor taxa de juro em 5.000 anos

27 mar 2020, 8:47 - atualizado em 27 mar 2020, 9:11
Mundo Planeta
“E os bancos centrais devem se manter neste nível no futuro próximo, segundo as taxas futuras”, indica o Bank of America (Imagem: Unplash/@belart84)

Pode parecer maluco, e até é em boa parte, mas o mundo vive hoje com a menor taxa de juro dos últimos 5.000 anos, mostra um levantamento do Bank of America.

“E os bancos centrais devem se manter neste nível no futuro próximo, segundo as taxas futuras”, indica o banco no documento obtido pelo Money Times.

As economias globais entraram em 2020 no que foi definido pelo BofA como uma “supernova de liquidez” causada pela década passada, em que os preços dos ativos subiram, mas a economia nunca voltou ao normal.

“Desde a falência do Lehman em 2008, os bancos centrais reduziram as taxas de juros 853 vezes (65 cortes em 2020) e compraram mais de US$ 13 trilhões em ativos financeiros (outros US$ 7 trilhões prometidos para a compra de ativos em 2020)”, calculam os economistas.

Isso dará certo? Há duas saídas:

“Isso funcionará (em conjunto com a Teoria Monetária Moderna e o frenesi fiscal) para criar uma recuperação inflacionária em 2020 (provavelmente no segundo semestre), ou fracassará, pois o ônus da dívida causa um impacto deflacionário adicional”.

Veja o gráfico dos 5 mil anos:

Fonte: Bank of England, Global Financial Data, Homer and Sylla “A History of Interest Rates” (2005)
Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.