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Múltiplos da Weg estão muito acima da média do setor e, por isso, XP indica neutralidade

03 jan 2020, 11:46 - atualizado em 03 jan 2020, 11:46
Weg
Limitação: Weg já está muito acima da média do setor (Imagem: Divulgação/Weg)

As perspectivas da Weg (WEGE3), uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do Brasil, no mercado acionário não empolgam a XP Investimentos. A gestora divulgou o preço-alvo da companhia para 2020 com algumas ressalvas. A principal delas: o múltiplo P/L da Weg está muito acima da média dos principais concorrentes.

Assinado por Bruna Pezzin, o relatório da XP estabelece um preço-alvo de R$ 35,70 por ação, no cenário base. A cifra indica um potencial de valorização de apenas 1,3% sobre o fechamento desta quinta-feira (2). O desempenho projetado está muito abaixo do que os analistas esperam para o Ibovespa neste ano.

Nesse cenário, estão embutidos uma alta de 2,3% do PIB brasileiro, 2% do PIB americano e juros de 7% no longo prazo por aqui. Mesmo sem repetir o salto de mais de 30% do ano passado, na média, o mercado estima outra alta de dois dígitos – cerca de 15%, segundo levantamento do Money Times com 12 analistas.

Perto do limite

Segundo a XP, “o prêmio atual de múltiplos para os níveis históricos e para os competidores, já com crescimento embutido, torna o potencial de valorização limitado em nossa visão.”

Siemens
Mais barata: alemã Siemens gera retorno em menos da metade do tempo  que a Weg (Imagem: REUTERS/Hannibal Hanschke)

A gestora acrescenta que, “atualmente, as ações negociam a prêmio significativo em relação a competidores como ABB e Siemens, e prêmio também em relação à média histórica.”

O parâmetro destacado pela XP para recomendar cautela com a Weg é o P/L (relação Preço/Lucro). Os papéis da brasileira são negociados a aproximadamente 40 vezes o P/L 2020, bem acima da sua média história de 20 vezes.

Além disso, outras gigantes do setor, como a ABB e a Siemens, exibem múltiplos menores. A primeira é avaliada em 23 vezes o P/L 2020, e a segunda, em 15 vezes.

Na prática, isso significa que um investidor demoraria 15 anos para recuperar, na forma de lucros, o que aplicou na Siemens – e quarenta anos para reaver o investimento na Weg.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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