Multinacional de saúde animal em alta reflete exportações brasileiras de carnes
Os insumos estão para os setores agropecuários o mesmo que o segmento de embalagens de papelão representa para as indústrias de bens de consumo. O desempenho reflete a resposta que se tem na ponta final de cada cadeia. Na saúde animal, os negócios foram puxados pelas vendas externas de todas as carnes.
Da nutrição às vacinas, entre os participantes deste mercado não foi diferente com a multinacional Elanco, informa a companhia, que não destaca os números de crescimento para 2020, mas admite que será robusto novamente.
A diretora de marketing, Fernanda Hoe, reporta 7% de avanço em 2019 sobre 2018, somando Brasil e América Latina. Como o País tem muito maior representatividade em bovinos, aves e suínos que qualquer outro no subcontinente, o share brasileiro domina.
A curva de crescimento o ano passado foi a mesma que a curva das exportações acionadas com mais potência pela China. O segundo semestre apresentou ganhos 25% superiores sobre o primeiro apenas no Brasil.
Tanto que a executiva retrata o destaque que foi o comércio de nutrição para bovinos e suínos – aditivos e suplementos para aves estão mais consolidados. Com o aumento do número de plantas habilitadas pelos chineses, a alta dos embarques – também junto com a alta dos preços – forçou os frigoríficos originarem mais animais.
Nos bois, padrão China, com a entressafra ainda até meados de outubro, os aditivos alimentares foram mais requisitados por confinadores para aprontarem mais rápido os bichos, de modo que o grupo americano ganhou nesta também.
No portfólio da Elanco, bastante tradicional é a participação de vacinas no combate à salmonela em aves, com a empresa – que recentemente comprou a Bayer Saúde Animal global – avançando em tecnologia que resulta em novos lançamentos.
E, em todas as carteiras, os mercados terão novos produtos chegando ao longo de 2020, ajudando, de acordo com Fernanda Hoe, “crescer acima da média do mercado”.