Mulheres mostram afinidade com o dinheiro e já são 21% dos CPFs da B3, aponta PoupaBrasil
A PoupaBrasil Investimentos acompanhou a trajetória de algumas mulheres e afirmou que o público feminino e o dinheiro estão criando uma relação cada vez melhor. Apesar do envolvimento com o mundo financeiro ser bem antigo, começando com a Eufrásia Teixeira Leite, primeira investidora do Brasil no fim do século XXI, essa atmosfera é muito restrita até os dias de hoje.
De acordo com a Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), apenas 15% dos analistas financeiros do país são mulheres, enquanto essa porcentagem não passa de 10% quando pensamos em bancos de investimento. Já na B3, 21% dos CPFs cadastrados são femininos, o que mostra que as mulheres estão se inserindo cada vez mais nesse mundo.
Buscando desenvolver ainda mais o lugar das mulheres no mercado financeiro, Mariana Ribeiro, que teve seu primeiro estágio em uma corretora da valores, fundou o Financial Feminism Brasil. O movimento tem incentivado as mulheres a desbravarem finanças de outra forma, começando de forma mais conversadora a investir o seu dinheiro.
“A mulher é mais calma no processo, menos agressiva e investe mais lentamente para, muitas vezes, chegar a um resultado melhor”, explica Ana Leoni, superintendente de educação da Anbima, ao PoupaBrasil.
Hoje, as mulheres são 37% do total de 4 mil membros do CFP® (Certified Financial Planner), a mais respeitada certificação global para atuar como planejador financeiro. De acordo com uma pesquisa realizada pela Anbima, a representatividade por gênero do meio financeiro já é praticamente igual.
“As mulheres, se casadas, privilegiam investir para o futuro dos filhos. Se solteira e jovem, investe na carreira. Mas o fato é que elas sempre ponderam, perguntam mais e têm mais humildade em dizer que não entenderam”, completa Ana.
A advogada Cintia Falcão se encaixa nesse perfil. Hoje, tem 70% dos seus recursos aplicados em renda fixa, 20% em fundos multimercados e 10% em investimentos de alto risco. Ela percebeu que, para ter mais espaço na área, seria necessário se especializar.
“A especialização abriu a minha mente. Comecei a entender e tomar gosto. Percebi como poderia usar este conhecimento em meu benefício para realizar sonhos”, explica a advogada.