Investimentos

Mulheres ainda investem menos do que os homens, mas aportes são maiores; entenda

08 mar 2023, 9:00 - atualizado em 07 mar 2023, 16:15
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Enquanto as mulheres tendem a manter seus investimentos por mais tempo, os homens pulam de um investimento para o outro (Imagem: Unsplash)

O número de mulheres investidoras na Bolsa de Valores (B3) mais que triplicou no recorte até o início deste ano, passando de cerca de 400 mil, em 2019, para aproximadamente 1 milhão e 400 mil em 2023.

Contudo, o total ainda é pequeno quando comparado aos homens, representando apenas 22,83% do total de investidores na bolsa.

As informações são de um levantamento da própria B3, que mostra que 4 milhões e 706 mil, ou 77,11%, representam o investidores do gênero masculino.

Mulheres tem aportes maiores

Ainda assim, de acordo com a B3, em julho de 2022, último período disponibilizado pela instituição, o valor mediano do primeiro investimento das mulheres na bolsa foi de R$ 463, enquanto o dos homens foi de R$ 71.

A educadora financeira Simone Sgarbi diz que as mulheres tendem a estudar mais a respeito de investimentos, antes de efetivamente começarem a aplicar. Com isso, apesar de não estarem acostumadas a investir, o primeiro aporte delas costuma ser mais arrojado do que o realizado pelos homens.

Sgarbi tem uma cartela de clientes composta 85% por mulheres, e ela pontua que enquanto as mulheres tendem a manter seus investimentos por mais tempo, os homens pulam de um investimento para o outro. Para Sgarbi, isso se deve a questões culturais.

Ela explica que os homens foram mais incentivados a se arriscarem desde cedo, enquanto as mulheres foram relegadas ao papel de cuidadoras. Para a educadora financeira, não é de estranhar que isso se reflita também no modo de investir.