Mulheres ainda investem menos do que os homens, mas aportes são maiores; entenda
O número de mulheres investidoras na Bolsa de Valores (B3) mais que triplicou no recorte até o início deste ano, passando de cerca de 400 mil, em 2019, para aproximadamente 1 milhão e 400 mil em 2023.
Contudo, o total ainda é pequeno quando comparado aos homens, representando apenas 22,83% do total de investidores na bolsa.
As informações são de um levantamento da própria B3, que mostra que 4 milhões e 706 mil, ou 77,11%, representam o investidores do gênero masculino.
Mulheres tem aportes maiores
Ainda assim, de acordo com a B3, em julho de 2022, último período disponibilizado pela instituição, o valor mediano do primeiro investimento das mulheres na bolsa foi de R$ 463, enquanto o dos homens foi de R$ 71.
A educadora financeira Simone Sgarbi diz que as mulheres tendem a estudar mais a respeito de investimentos, antes de efetivamente começarem a aplicar. Com isso, apesar de não estarem acostumadas a investir, o primeiro aporte delas costuma ser mais arrojado do que o realizado pelos homens.
Sgarbi tem uma cartela de clientes composta 85% por mulheres, e ela pontua que enquanto as mulheres tendem a manter seus investimentos por mais tempo, os homens pulam de um investimento para o outro. Para Sgarbi, isso se deve a questões culturais.
Ela explica que os homens foram mais incentivados a se arriscarem desde cedo, enquanto as mulheres foram relegadas ao papel de cuidadoras. Para a educadora financeira, não é de estranhar que isso se reflita também no modo de investir.