Mulheres aceleram saída do mercado de trabalho nos EUA
As mulheres, especialmente aquelas na faixa etária com maior probabilidade de ter filhos pequenos, estão abandonando o mercado de trabalho em ritmo mais rápido desde o auge da pandemia, já que muitas escolas e creches continuam fechadas.
A participação na força de trabalho de mulheres entre 25 e 54 anos caiu para 74,2% em setembro, abaixo de 74,9% em agosto, depois de quase atingir recorde histórico pouco antes da chegada do vírus, de acordo com dados do Departamento de Trabalho.
Ao mesmo tempo, os negros americanos – que têm suportado grande parte do peso da perda de empregos nos últimos meses – viram uma melhora em sua situação de trabalho à medida que a diferença entre o desemprego de negros e brancos diminuiu pela primeira vez desde abril.
Economistas e autoridades do Federal Reserve expressaram repetidamente preocupação sobre como as mulheres e as minorias estão sendo desproporcionalmente impactadas pela pandemia. Os reveses ameaçam apagar anos de progresso econômico e podem ter implicações duradouras para a recuperação dos EUA.
O desemprego feminino está em 8% enquanto o masculino está em 7,7%. Em fevereiro, a taxa feminina ficou abaixo da masculina. O número de mulheres que relataram estar fora da força de trabalho por motivos familiares saltou de 55.000 em agosto para 79.000, mostram os dados.
A taxa de desemprego entre os americanos negros – embora esteja melhorando – é quase o dobro dos americanos brancos, depois de um estreitamento histórico antes da pandemia.