Mudando de preocupação: O fantasma da recessão, balanço das empresas, Natura vende Aesop e outras notícias do dia

O inesperado anúncio de corte na produção da Opep+ fez a semana dos mercados financeiros começar num tom azedo ao redor do mundo.

Com exceção das empresas ligadas à cadeia do petróleo, poucos setores se salvaram na segunda-feira.

O motivo é o temor de que a disparada dos preços do petróleo aumente a pressão inflacionária e obrigue os bancos centrais a elevarem ainda mais os juros num futuro próximo.

Hoje, no entanto, o efeito parece ter sido atenuado. Os investidores absorveram o golpe e desviaram a atenção para outras preocupações.

O pano de fundo é o risco de uma recessão nos Estados Unidos. Cada vez mais indicadores apontam para uma desaceleração da atividade econômica norte-americana.

Como os efeitos deletérios de uma recessão nos EUA não ficariam restritos ao país, a demanda global por petróleo diminuiria junto. É o que limita o impacto da ação da Opep+ no último fim de semana.

Diante disso, a atenção dos investidores volta-se para os perigos de uma recessão nos EUA e para o andamento do arcabouço fiscal em Brasília, ainda visto com desconfiança entre os agentes do mercado financeiro.

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Ainda assim, os ativos de risco amanheceram com um tom levemente positivo nas bolsas internacionais nesta terça-feira.

Para ficar por dentro de como tudo isso afeta seus investimentos hoje, acompanhe a cobertura de mercados do Seu Dinheiro.

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O que você precisa saber hoje

REPORTAGEM ESPECIAL
Com Selic nas alturas, temporada de balanços do quarto trimestre mostrou empresas (ainda mais) pressionadas. O aumento dos juros surgiu como vilão da safra de resultados que encerra 2022, afetando diretamente as despesas financeiras das companhias.

AGORA VAI?
Natura (NTCO3) confirma venda da Aesop para L’Oréal por mais de R$ 10 bilhões — e espera recolocar o trem de volta nos trilhos. A transação movimentará US$ 2,525 bilhões e tem como objetivo aliviar o balanço da empresa brasileira.

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INSIGHTS ASSIMÉTRICOS
Dólar, juro, bolsa e arcabouço fiscal estão interligados — e uma janela para internacionalizar seus investimentos pode estar se abrindo. A moeda norte-americana voltou à casa dos R$ 5,00, mas seria viável pensar em voltar para R$ 4,75? O colunista Matheus Spiess explica o que impede que ele continue caindo de maneira mais sustentável.

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Dia 93 | Lula responde aos pessimistas: o recado do presidente para quem acha que o Brasil não vai crescer. O petista lembrou que a economia brasileira avançou 5,8% em 2005, quando a imprensa especializada achava que não ia ter expansão.

Uma boa terça-feira para você!