MT responde – Vale (VALE3) ou Bradespar (BRAP4): Qual a melhor para dividendos?
Leitor do Money Times pergunta se é melhor comprar Vale (VALE3) ou Bradespar (BRAP4), para quem busca dividendos. A pergunta é feita porque a Bradespar investe na mineradora e, em termos monetários, o valor da ação é menor.
Analistas dizem que a Vale é uma melhor opção hoje, porque a mineradora está muito barata, na avaliação deles. O “barato” não se refere ao preço da ação, já que a holding negocia a uma cifra menor, mas o valor intrínseco da empresa – VALE3 caiu 33% nos últimos 12 meses.
A avaliação sobre a Vale hoje é feita mesmo com a Bradespar tendo o chamado “desconto de holding”, destaca o analista da Empiricus Ruy Hungria. “Hoje a carteira de investimentos da Bradespar é Vale”, resume.
O analista Ilan Arbetman, da corretora Ativa Investimentos, diz que recomenda Vale e não acompanha a Bradespar. Ele destaca que a Bradespar ainda tem um risco envolvendo o processo referente à indenização da Litel Participações , formada por Previ, Petros, Funcef e Funcesp.
A Litel pede indenização de R$ 1,41 bilhão, referente ao litígio do Call Citibank. O processo está no Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo informou a companhia em novembro passado.
Para o analista da Ativa, é preciso acompanhar as ações da Bradespar para conferir se se o desconto de holding não aumenta. “Mas hoje Vale está barata para caramba”, afirma.
Vale é constante em carteiras de dividendos
VALE3 aparece constantemente em carteiras recomendadas mensais de dividendos. Em maio, a ação da mineradora foi a líder em levantamento feito pelo Money Times.
A corretora Guide Investimentos destacou que a companhia apresenta uma diversificação de operações de minério de ferro no Brasil em três sistemas (Norte, Sudeste e Sul), que possuem capacidade de transporte e remessa própria.
Para o BTG Pactual, a administração da empresa continua altamente disciplinada na alocação de capital (modelo de negócios asset light).
A dinâmica, disse o banco, ainda implica que a maior parte da agenda deve envolver retornos de caixa aos acionistas. “A última recompra anuncia de 500M de ações demonstra isso”, afirmaram.
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