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MRV (MRVE3): Tese de investimento complexa, mas ação barata; após prévia do 3T24 é hora de comprar?

09 out 2024, 13:40 - atualizado em 09 out 2024, 13:41
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(Imagem:Money Times/ Flávya Pereira)

A MRV (MRVE3) apresentou números sólidos na visão dos analistas na prévia operacional do terceiro trimestre de 2024, reforçando a ideia de que chegará na meta de geração de caixa para 2024. A companhia ainda está R$ 150 milhões abaixo do estabelecido.

“A gente precisa de outros R$ 150 (milhões) de geração no quarto trimestre. Ou seja, uma geração um pouquinho melhor do que a do terceiro, para que a gente alcance o ‘bottom’ do guidance”, afirmou Ricardo Paixão, diretor financeiro, à Reuters, acrescentando que está “bastante confiante” no alcance dessa métrica.

Os números da construtora e incorporadora foram impulsionados principalmente pelo programa federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e o programas municipal como o Pode Entrar, da cidade de São Paulo. Além disso, a venda do empreendimento americano pela subsidiária Resia também auxiliou na geração de caixa.

Segundo a prévia, a MRV fechou o terceiro trimestre de 2024 com valor geral de vendas (VGV) de R$ 2,7 bilhões, alta de 24,4% ante mesmo período do ano passado. Houve aumento também no número de unidades vendidas, que passou de 10 mil para 11,2 mil neste trimestre.

“As vendas da empresa mantiveram o forte impulso dos trimestres anteriores, atingindo um máximo histórico de R$ 2,8 bilhões no segmento de desenvolvimento, traduzindo-se em uma forte razão de velocidade de vendas de 21%”, destacou o Banco Safra.

Na avaliação da instituição, é esperado que a empresa já entregue uma geração positiva de caixa no quarto trimestre de 2024, mesmo após a exclusão do impacto das vendas de recebíveis. “Vale ressaltar que as unidades contratadas no programa Pode Entrar deverão gerar um ganho de caixa de R$ 45 milhões apenas em 4T, já que o primeiro pagamento está previsto para novembro”, lembram os analistas.

Por outro lado, o BTG Pactual entende que a recuperação da MRV pode levar algum tempo para gerar resultados, o que faz o banco olhar para ação por entender que ela está barata no momento.

A tese de investimentos, na visão do Bradesco BBI, é complexa. Uma alta significativa nas ações da companhia dependeria de eventos mais relevantes, mas os números da prévia não deixam de ser positivos para a avaliação dos analistas da casa.

Para o Safra, BTG e Bradesco BBI, a ação segue com recomendação de compra com preço-alvo em R$ 11,80, R$ 17 e R$ 15, respectivamente.