MRV (MRVE3) pega carona em alta do Ibovespa e dispara 6% antes de resultados do 4T23; o que esperar?
Na esteira do bom desempenho do índice Ibovespa (IBOV) que subiu 1,61% nesta terça-feira (27), aos dos 131,6 mil pontos, as ações da MRV&Co (MRVE3) saltaram 6,28%, com um dos melhores desempenhos da construção civil.
Na quinta-feira (29), a construtora e incorporadora será a primeira empresa do setor a divulgar o balanço financeiro do quarto trimestre e os resultados consolidados de 2023.
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O que esperar do balanço da MRV?
Analistas de real estate de grandes bancos esperam que o segmento de baixa renda seja o destaque do trimestre em meio ao forte impulso da demanda revelado nas prévias operacionais, divulgadas no mês passado. Leia aqui a da MRV.
O ano passado foi marcado pelo retorno do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), pelas mudanças promovidas no programa habitacional e pelo início do corte da taxa básica de juros (Selic).
Para a XP, as prévias mostraram um forte crescimento das vendas líquidas do segmento, impulsionado por lançamentos robustos e cenário de demanda aquecida para moradias de baixa renda. Enquanto o Safra destaca que esses fatores devem refletir também em expansão das margens das empresas.
O head de real estate da corretora, Ygor Altero, e o analista Ruan Argenton, acreditam que a MRV deve apresentar números mistos, com melhora gradual de margem bruta ajustada, a 24,5%.
Entretanto, o lucro líquido deve seguir “sob pressão”. Diante disso, a estimativa é de prejuízo de R$ 26 milhões de outubro a dezembro. A XP ainda estima receita líquida de R$ 2,09 bilhões, crescimento de 26% na base anual, e lucro bruto de R$ 512 milhões (+53% ante 2022).
O que esperar dos resultados das construtoras e incorporadoras?
Em contrapartida, analistas do Santander preveem números fracos, com a construtora mineira reportando prejuízo líquido de R$ 9,2 milhões e receita líquida de R$ 2 bilhões, alta de 21,5%.
Por sua vez, o banco Safra vê a recuperação da companhia no “caminho certo”, com estimativa de receita líquida em linha com as anteriores, na casa dos R$ 2 bilhões.
Porém, os analistas do banco Luiz Peçanha, Luiza Mussi e Rafael Rehder calculam prejuízo de R$ 22 milhões no quarto trimestre.
“O maior volume de recebíveis vendidos nos últimos trimestres deverá impulsionar o prejuízo financeiro líquido substancial, ficando em R$ 94 milhões [ex-equity swap]”, comentam.
*As cotações citadas são do site Investing.com