MRV (MRVE3) lança projeto de R$ 3 bi de VGV e cria bairro dentro de SP; veja detalhes

A MRV&Co (MRVE3) dá passos largos em seu principal negócio e planeja criar um bairro dentro da cidade de São Paulo.

Com projeções de levantar R$ 3 bilhões em valor geral de vendas (VGV), a construtora e incorporadora mineira lançou ontem (31) o “Cidade Sete Sóis Pirituba“, um dos maiores e mais caros projetos da companhia.

O empreendimento fica em Pirituba, região noroeste – cerca de 20 quilômetros do centro da capital -, e tem área de 1,7 milhão de metros quadrados.

“É a realização de um sonho para a MRV. O projeto trouxe para a companhia engajamento e muita alegria na realização desse sonho”, comentou o co-CEO da MRV&Co, Eduardo Fischer, durante apresentação do projeto para a imprensa.

Segundo a empresa de construção civil, tal terreno foi adquirido em 2018 e nele será construída uma “smart cidade”, a ser desenvolvida em até dez anos.

Como será o ‘Cidade Sete Sóis’?

Os planos da MRV são, inicialmente, vender 11 mil unidades e abrigar 30 mil pessoas dentro do espaço que irá misturar 64 empreendimentos residenciais, área verde, espaços de lazer e serviços.

O projeto prevê 25 lojas, sete lotes a serem vendidos para comércios, 750 mil metros quadrados de área verde e pontos destinadas a lazer, esportes, convivência e pets. A comercialização dos espaços ficará a cargo da construtora, que quer fisgar empresas de renome.

“Estamos construindo um bairro planejado, que adota sete pilares. Não é mais um empreendimento de incorporação”, diz o diretor executivo de desenvolvimento imobiliário da MRV&Co, Ronaldo Motta.

Os pilares são o verde, segurança, desenvolvimento urbano, mobilidade e acessibilidade, comodidades, boa vizinhança e a tecnologia. Com isso, o nome do projeto foi inspirado nas sete temáticas e nos sete dias da semana.

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Além de São Paulo, a MRV tem um “Cidade Sete Sóis” em andamento em Salvador, um a ser lançado no Rio de Janeiro no primeiro trimestre de 2024 e, posteriormente, São José dos Campos receberá a “smart cidade”.

A companhia diz que investirá R$ 2,5 bilhões no projeto na capital paulista, sendo mais de R$ 300 milhões em obras de infraestrutura e urbanização da área.

Desta forma, a MRV fará tratamento de um córrego que passa na área do ‘Sete Sóis’, construirá 15 quilômetros de vias, como também ciclovias e bicicletários. Outras obras serão realizadas, incluindo as que são contrapartidas da prefeitura de São Paulo.

“A proposta é que as pessoas morem e trabalhem aqui perto, tendo mobilidade e impulsionando a economia local. Que elas tenham opções de comércio e outras facilidades em uma caminhada de até 15 minutos”, diz Motta.

Obra bilionária da MRV pode ser financiada pelo MCMV

O “Cidade Sete Sóis Pirituba” passará por três fases, com 11 lançamentos. A primeira, lançada agora, envolve a entrega de três empreendimentos residenciais, ou mais de 4 mil unidades, nos próximos três anos.

A segunda será lançada no ano que vem e conta com cinco projetos. Já a terceira fase está prevista para 2025 e terá mais três empreendimentos residenciais.

Segundo a MRV, a metragem dos apartamentos varia de 34 a 45 metros quadrados, incluindo sacada.

O preço médio por unidade é entre R$ 240 mil e R$ 350 mil, atendendo famílias de renda mensal acima de R$ 3 mil. Cada apartamento terá o seu medidor de água e de gás encanado.

Em meio ao apetite dos segmentos de baixa/média renda com as mudanças recentes, 100% do projeto está enquadrado no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) – faixa 2.

Portanto, a Caixa Econômica tem uma linha de crédito facilitada para o financiamento dos imóveis do empreendimento.

“Não precisa ser um projeto de alta renda para promover uma série de benefícios para os clientes”, acrescenta Motta, referindo-se às várias áreas de convivência e ações de sustentabilidade que o morador terá acesso.

A MRV destaca que o desenvolvimento do imóvel em Pirituba tem potencial de gerar 12 mil empregos diretos e indiretos. O projeto envolve 64 imobiliárias e mais de 1,7 mil corretores.

O lançamento dessa primeira etapa integrará os números operacionais do quarto trimestre de 2023 da empresa.