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MRV (MRVE3) salta 5%, mas pode quase dobrar de preço, vê BB Investimentos

01 out 2024, 16:51 - atualizado em 01 out 2024, 16:55
MRV
Ontem (30), a MRV informou ao mercado que a sua subsidiária nos Estados Unidos, vendeu o empreendimento Old Cutler. (Imagem: Divulgação)

O anúncio da venda do empreendimento americano pela subsidiária da MRV (MRVE3), a Resia, continua ressoando no mercado.

Agora foi a vez do BB Investimentos emitir um novo relatório sobre a companhia, desta vez, com um novo preço-alvo para o final de 2025 de R$ 14, ante os R$ 17,50, o que abre potencial de quase dobrar em relação à cotação de ontem, quando fechou a R$ 7,32.

A redução vem após o banco incorporar os resultados mais recentes e atualizar premissas macroeconômicas da companhia no valuation.

O episódio da venda do empreendimento fez o analista Felipe Mesquita avaliar a recaracterização da curva de crescimento esperada para as operações da companhia no mercado americano por meio da subsidiária.

Ontem (30), a MRV informou ao mercado que a sua subsidiária nos Estados Unidos, vendeu o empreendimento Old Cutler, localizado em Miami, por um Valor Geral de Venda (VGV) de US$ 118,5 milhões.

Anteriormente, o BB considerava em sua avaliação um crescimento substancial para a operação da companhia no mercado internacional, que tenderia a ser beneficiada por uma demanda mais pujante como resultado, principalmente com o início do ciclo de cortes de juros que eram esperados no início do ano.

No entanto, com o início desse ciclo apenas em setembro, o efeito na demanda pelas unidades produzidas pela Resia foi afetado negativamente, com vendas pontuais sendo realizadas para reciclagem de portfólio e alívio da situação de caixa atual da companhia

Mesmo assim, o banco segue projetando um crescimento para as operações da subsidiária para os próximos anos, mas agora de uma forma “mais modesta”.

Nesta sessão, o papel liderou os ganhos do Ibovespa, com alta de 5%.

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O que fazer com as ações?

Miranda lembra ainda que as ações da MRV se desvalorizaram em torno de 26% nos últimos 12 meses, sendo -34% apenas no ano corrente.

“Tal movimento foi bastante descasado da performance tanto do Ibov como do índice Imobiliário, ambos positivos na janela anual. Isso se deu, em nossa opinião, como resultado uma avaliação cautelosa por parte do mercado acerca dos níveis de endividamento consolidados da companhia, bem como pelo patamar de queima de caixa apresentado pela MRV nos resultados até o fim do primeiro semestre de 2024”, explica o analista.

O BB se mantém otimista com a ação e segue com a recomendação de compra, em função do bom momento operacional em que o braço de incorporação do Brasil vem apresentando.