MRV&Co (MRVE3) avança na bolsa após prévia operacional do 4T24; é hora de comprar a ação?
A MRV&Co (MRVE3) começou esta terça-feira (14) colhendo os frutos dos bons resultados preliminares divulgados na noite anterior e avançou quase 5% logo no início do pregão. Por volta das 12h30, a ação perdeu a força, mas seguia com um avanço 2,70%, a R$ 5,34.
O destaque da companhia ficou por conta do braço de incorporação, a MRV Incorporadora, com uma geração de caixa ajustada de R$ 266 milhões, número maior no comparativo anual.
De acordo com o documento divulgado, o desempenho foi impulsionado pelo valor geral de vendas (VGV) do segmento, que totalizaram R$ 2,6 bilhões no 4T24, um crescimento de 6% em relação ao trimestre anterior. No ano, foram R$ 9,739 bilhões.
Os resultados do quarto trimestre (4T24) e do ano de 2024 serão anunciados pela companhia em 25 de fevereiro, mas a previsão da MRV&Co é de um lucro líquido entre R$ 250 milhões e R$ 290 milhões em 2024 para a divisão de incorporação, com uma margem bruta entre 26% e 27% e receita operacional líquida (ROL) de R$ 8 bilhões a R$ 8,5 bilhões.
Para os analistas, os resultados foram sólidos e mostram uma melhora nos números de fluxo de caixa da operação brasileira , que justifica a reação positiva do mercado nas ações nesta terça-feira (14).
Na avaliação do Itaú BBA, este é o primeiro trimestre de fluxo de caixa positivo no negócio brasileiro em anos, ajustado por vendas de recebíveis e swaps.
A equipe de analistas comandada por Daniel Gasparete pontuou que a empresa reportou uma melhora nos lançamentos e vendas, mantendo margens sólidas em novos negócios, apesar da aceleração do INCC – índice que mede a inflação da construção.
O BTG Pactual, no entanto, tem uma visão diferente e avalia que o o fluxo de caixa decepcionou, uma vez que a empresa cumpriu seu guidance para o ano de 2024, mas com vendas de recebíveis muito mais altas do que o inicialmente previsto, o que para o banco reflete uma geração de caixa operacional mais fraca do que o esperado.
Um ponto em comum ainda de preocupação para os analistas segue sendo a Resia, subsidiária da MRV no exterior, mesmo com uma geração de caixa positiva. O Banco Safra chama atenção para a queima de caixa ao longo do ano, encerrando 2024 com uma perda consolidada de aproximadamente R$ 450 milhões.
Bruno Mendonça e Wellington Lourenço, analistas do Bradesco BBI, ponderam que o desempenho superior da ação depende de eventos que possam reduzir a complexidade da tese de investimento e isso engloba a subsidiária.
Por fim, as condições macroeconômicas continuam no radar dos analistas para o setor de construção, uma vez que ele é cíclico e é fortemente influenciado pelas taxas de juros e inflação, que seguem altistas.
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Qual a recomendação da ação pelos analistas?
Instituição | Preço Alvo (R$) | Recomendação |
---|---|---|
Bradesco BBI | 15,00 | Comprar |
Itaú BBA | 10,00 | Comprar |
Safra | 11,00 | Comprar |
Goldman Sachs | 8,00 | Neutro |
BTG Pactual | 17,00 | Comprar |