MRV continua sólida, mas geração de caixa fraca desagrada
Os números do segundo trimestre da MRV (MRVE3) divulgados na prévia foram considerados mistos pelos analistas. Se por um lado indicadores como vendas e a taxa de velocidade superaram as expectativas por outro lado a geração de caixa não agradou.
A companhia anunciou nesta quinta-feira que seu lançamentos de abril a junho somaram R$ 2,40 bilhões em valor geral de vendas (VGV), alta 5,4% sobre um ano antes.
Já as vendas totalizaram R$ 2,065 bilhões, aumento de 13,7% no comparativo anual.
Segundo a MRV, seu processo de vendas garantidas, no qual as vendas só são registradas quando o comprador apresenta o financiamento bancário, fez com que parte das vendas não fosse lançada dentro do trimestre.
“Os resultados operacionais foram mistos: os lançamentos e vendas foram fortes e a AHS (subsidiária nos Estados Unidos) postou bons resultados, mas o FCF (geração de caixa) foi fraco”, apontou o BTG Pactual em relatório.
A Ágora Investimentos destaca que esses resultados reforçam a visão de que embora o lado operacional da MRV de sua operação no Brasil seja sólido “vemos a empresa atingindo aproximadamente R$ 7 bilhões em lançamentos e cerca de R$ 6 bilhões em vendas em 2021 -, sua margem bruta deve ficar abaixo de seus pares em 2021”.
Para a XP, a MRV reportou sólidos resultados, impulsionados pelo desempenho positivo da AHS e pela resiliência do segmento de baixa renda no Brasil.
Já o analista Luis Sales, da Guide Investimentos, afirma que por conta da inflação, em especial o INCC-M, a MRV teve suas margens pressionadas.
“Entretanto, a MRV foi capaz de reportar um sólido resultado operacional, impulsionado pelos lançamentos que aumentaram no trimestre”, diz.
Por volta das 13h26, os papéis da construtora caíam 0,6