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MRV aposta em “construção enxuta” para ganhar 15% em eficiência no canteiro de obras

25 jan 2022, 17:59 - atualizado em 25 jan 2022, 17:59
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Em termos de prazos, houve uma redução de 5% a 10% (Imagem: MRV/ Bruno Correa / NITRO)

A MRV (MRVE3) está ampliando a aplicação da sua filosofia de “construção enxuta” (lean construction) em seus canteiros de obras para quase toda a totalidade de seus empreendimentos até o final deste ano.

Este método racionaliza os processos construtivos de modo a evitar desperdícios, como o retrabalho, a superprodução, o estoque, movimentações desnecessárias, esperas, transportes e processos que não agregam valor.

“Em termos de eficiência, notamos um ganho de 15%. E em termos de prazos, verificamos uma redução de 5% a 10%. São dados preliminares e que certamente ficarão mais significativos, com quocientes ainda maiores, conforme ampliarmos adoção desse modelo”, destaca Maria Gabriela Guimaraes, coordenadora de planejamento estratégico de obras da MRV.

Segundo ela, o objetivo é garantir flexibilidade na operação, já que as esteiras de trabalho são divididas por pacotes, e as equipes trabalham com suas atividades já padronizadas e no ritmo adequado para a produção diária. “Dessa forma, com o sequenciamento de obras, elas vão ficando mais produtivas, oferecendo mais qualidade, segurança, gerando menos desperdícios e agregando mais valor ao produto final”, explica a coordenadora.

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Dentre as principais vantagens observadas pelo modelo 3D está a facilidade de compatibilização das estruturas das edificações projetadas com sistemas de hidráulica e elétrica (Imagem: MRV/ Leo Drumond / NITRO)

Modelos 3D

Outra frente feita pela MRV é o uso da metodologia BIM (Building Information Modeling), que usa um conceito 3D e já em 100% dos projetos desde o começo do ano passado. Ela substitui as tradicionais plantas de construção e reúne todas as informações de uma obra em uma única base de dados, totalmente digital.

Dentre as principais vantagens observadas está a facilidade de compatibilização das estruturas das edificações projetadas com sistemas de hidráulica e elétrica.

“Antigamente isso era feito a partir da sobreposição de plantas e havia muitos conflitos. Alguns, inclusive, só eram identificados durante a execução das obras ou até mesmo depois. Ao mudar o processo de modelagem, com a construção virtual, a assertividade passou a ser muito grande. O projeto nasce praticamente compatível entre si. Tudo é testado ainda na fase de planejamento”, enfatiza André Jorge de Souza e Souza, gestor executivo de projetos da MRV.

Ele também menciona a possibilidade de melhor aproveitamento e ocupação de terrenos. “O BIM ajuda muito nesse sentido. A topografia dos terrenos é captada por drones, e o conteúdo já é imediatamente traduzido para o software de modelagem. Dessa forma, fica muito mais fácil buscar soluções em cima de um modelo 3D”, conclui.

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