MRV: 4 motivos por que a ação deve saltar 120% até o ano que vem, segundo o Safra
O Banco Safra revisou suas projeções para a MRV (MRVE3) e elevou o preço-alvo do papel de R$ 22,9 para R$ 24 para 2022. O novo valor embute uma alta potencial de 120,4% sobre os R$ 10,9 com que a ação fechou o pregão da última segunda (25), usado como referência pela instituição.
Coerentemente, o Safra manteve a recomendação de outperform para o papel, isto é, o desempenho esperado está acima da média do mercado. “Baseados em nossas novas estimativas, a MRV é negociada, atualmente, a 0,8 vez Preço/Valor Patrimonial para os resultados esperados em 2022, versus uma média de 1,2 vez para a Tenda e a Direcional”, afirmam Luiz Peçanha e Antonio Castrucci, que assinam o relatório.
“Também antevemos que a companhia alcance um ROE de 10% em 2022, estabilizando ao redor de 24% a partir de 2025”, acrescentam os analistas.
A dupla listou quatro motivos para sustentar seu otimismo com a MRV. Confira a seguir:
1) Ação descontada: a alta potencial da ação, de 120% até 2022, é impressionante, mas está em linha com as expectativas do Safra para os papéis de construtoras listadas na Bolsa. O destaque da MRV, segundo os analistas, é a taxa média de crescimento do lucro entre 2021 e 2025, estimada em 26% por ano. Apesar disso, o papel é negociado por um múltiplo Preço/Lucro estimado de 2022 de 9 vezes, em linha com a média dos últimos três anos.
2) Alto potencial de crescimento, puxado pelos EUA: o Safra também espera uma aceleração no ritmo da companhia nos próximos anos. No Brasil, os lançamentos devem crescer a uma taxa média anual de 9% entre 2021 e 2025. Nos EUA, a expansão pode chegar a 20% ao ano. Se a construtora mantiver os custos sob controle, o lucro por ação deve aumentar em média 26% por ano no mesmo período, segundo os analistas.
3) Portfólio com risco pulverizado: o banco também elogia a diversificação dos projetos da empresa, espalhados por 22 Estados brasileiros, além da operação nos EUA, por meio de sua subsidiária AHS. A MRV também está ampliando as classes sociais atendidas por seus empreendimentos e busca reduzir a dependência de programas públicos, como o Casa Verde-Amarela, a versão bolsonarista do Minha Casa, Minha Vida.
4) Liderança e baixo custo: por último, o Safra lembra que a MRV é a maior incorporadora e construtora do país, o que lhe garante grande conhecimento do mercado e poder de barganha com fornecedores. Tudo isso é arrematado pelo controle rigoroso de custos e por métodos de construção eficientes.