MP que eleva CSLL de bancos deve atingir o setor financeiro, mas não quebra tendência positiva
A medida provisória que eleva temporariamente em um ponto percentual a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras é ruim, porque pode onerar a receita dos bancos, disse analista do Valor Investimentos.
Contudo, Wagner Varejão destaca que o fato já era esperado, pois toda vez que o Governo Federal “se aperta”, no aspecto fiscal, tendo que utilizar o orçamento com frequência, a conta acaba chegando para o setor bancário.
“Esse tipo de medida tem recorrência, quase sempre acontece. De certa forma, é ruim para o setor, porque acaba prejudicando o resultado de curto prazo dos bancos”, pontua.
Entretanto, Varejão explica que, no final, a MP é pior ainda para a população, por se tratar de um custo que deverá ser passado para o consumidor final, seja via aumento de tarifa ou spread.
“É uma medida que bate sempre no bolso do consumidor final e acaba encarecendo os serviços bancários para ele”.
Por volta de 11h30, as ações bancárias operavam entre valorização. Itaú Unibanco (ITSA3) sobe 0,74%, seguido por Banco do Brasil (BBAS3), que se valoriza em 0,64%. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) são os nomes que menos sobem, com ganhos de 0,10% e 0,07%, respectivamente.
O analista do Valor destaca que apesar de as ações serem atingidas pela medida, a tendência positiva não deve ser quebrada. A CSLL dos bancos sobe de 20% para 21%. A MP vai para sanção presidencial, e se estende até 31 de dezembro de 2022.
*Com informações da Agência Senado
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