Movimento de caminhoneiros perde força e atinge 3 Estados, sem bloqueios, diz ministério
As manifestações iniciadas por caminhoneiros na quarta-feira perdiam força nesta sexta-feira e aconteciam em apenas três Estados, de acordo com informações do Ministério da Infraestrutura, que acrescentou que não havia nenhuma interdição nas rodovias federais nesta manhã.
Segundo a pasta, concentrações de caminhões com abordagem a outros motoristas ocorriam no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em Rondônia.
“Nos Estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Paraná não há mais qualquer ponto de retenção na malha federal. Há aglomerações sem prejuízo ao livre fluxo de veículos no Mato Grosso e no Pará“, disse o ministério em boletim divulgado às 7h30.
“Não há pontos de interdição em rodovias federais”, acrescentou.
Na véspera, bloqueios chegaram a ser feitos por caminhoneiros em alguns Estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, entre outros, e a mobilização ocorreu em mais de 15 Estados em determinado momento do dia.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuou para desfazer os bloqueios e não houve impacto significativo no abastecimento, ao contrário do que ocorreu na prolongada greve da categoria em 2018.
A mobilização dos caminhoneiros começou na terça, quando alguns deles participaram dos protestos convocados pelo presidente Jair Bolsonaro no feriado do Dia da Independência, quando o presidente fez novos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçou com uma ruptura.
Na noite de quarta, Bolsonaro enviou um áudio a lideranças dos caminhoneiros pedindo o fim dos bloqueios, alegando que eles poderiam agravar a alta da inflação, um fator-chave na queda recente de popularidade do presidente apontada nas pesquisas.
Na quinta, Bolsonaro recebeu caminhoneiros que estavam em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, e disse ter sido informado que o movimento da categoria iria até domingo. O presidente também baixou o tom contra o Supremo em uma nota oficial.
Além do apoio à pauta contrária ao STF impulsionada por Bolsonaro, caminhoneiros que participaram da mais recente mobilização da categoria mantiveram queixas recentes como contra a alta do preço dos combustíveis e o valor do frete.