Movimentação nos portos da Santos Brasil cai 19,8% com 256,7 mil contêineres no trimestre
A movimentação nos portos da Santos Brasil (STBP3) caiu 19,8% no segundo trimestre do ano, totalizando 256,7 mil contêineres no período. O total inclui os cais de Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA).
O Tecon Santos movimentou 220.362 contêineres no trimestre, queda de 22,0% em relação ao mesmo período de 2019. “Tal desempenho se explica pela maior exposição do terminal às importações e ao transporte de cabotagem em detrimento das operações de embarque de exportação, mais resilientes à crise”, informou a empresa.
O Tecon Vila do Conde apresentou queda mais moderada, de 6,2%, totalizando 25.574 contêineres movimentados. O terminal foi beneficiado pelas exportações de commodities.
Já a movimentação de contêineres no Tecon Imbituba foi 4,6% maior em relação ao mesmo trimestre do ano passado, somando 10.789 contêineres no trimestre.
No 2º trimestre, a companhia apurou prejuízo líquido de R$ 9,4 milhões, comparado ao lucro de R$ 6,3 milhões no mesmo período de 2019. A receita líquida consolidada somou R$ 224,8 milhões, queda de 15,1% frente ao mesmo período do ano passado.
A companhia registrou Ebitda de R$ 42,2 milhões no trimestre, 28,1% inferior ao mesmo trimestre de 2019, com margem de 18,8%.
“Neste trimestre, o nosso foco se concentrou em ações de contenção de gastos, incremento marginal de receitas e, principalmente, preservação de caixa, a fim de assegurar a liquidez de curto e longo prazo da Companhia. Houve melhora no resultado financeiro deste trimestre se comparado ao primeiro trimestre de 2020, o que é um sinal positivo. Além disso, mantivemos firme a saúde econômico-financeira da empresa, que sem pressões de curto prazo, mostra-se saudável para atravessar até mesmo períodos mais revoltos”, disse Daniel Pedreira Dorea, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da Santos Brasil.
Para Daniel, os próximos meses devem ser mais benignos aos negócios da Santos Brasil, com sinais positivos, ainda que cautelosos, provenientes de dados econômicos melhores do que o esperado, na esteira da reabertura da economia, e estímulos fiscal e monetário continuados, com taxa de juros baixa e eventual manutenção do auxílio emergencial.