Movimentação de cargas por portos privados do Brasil cresce 11% no 1º tri, diz ATP
A movimentação de produtos florestais e outros derivados da celulose, incluindo o papel, registrou a maior alta no período, de 26,5%.
O petróleo e derivados, com avanço de 19,5%, assim como as cargas de ferro e minério de ferro, que apuraram alta de 17,5%, também deram impulso às movimentações no primeiro trimestre, segundo os dados da ATP.
Os terminais privados operados por companhias como a mineradora Vale (VALE3), a Transpetro e as tradings de grãos norte-americanas Cargill e Bunge são responsáveis por cerca de dois terços da carga portuária total do Brasil, disse à Reuters nesta terça-feira o presidente da ATP, Murillo Barbosa.
Ele afirmou que a proporção têm se mantido estável nos últimos anos, acrescentando que os operadores domésticos de portos privados ajudaram o Brasil a se solidificar como um dos maiores exportadores de commodities do mundo.
Um aumento de quase 18% na movimentação de cargas conteinerizadas foi impulsionado pelo crescente comércio de carnes e produtos florestais do Brasil e por importações de plásticos e alumínio, de acordo com os dados trimestrais da ATP.
Barbosa disse que isso ocorreu apesar de um desequilíbrio global na distribuição de contêineres, que teve início com a pandemia e prossegue desde então.
Ele afirmou ainda que os terminais portuários do Brasil estão a caminho de quebrar o recorde de movimentação de 760 milhões de toneladas estabelecido no ano passado.
Em relação aos atrasos na safra de grãos do país, que limitaram a passagem dessas commodities pelos portos, Barbosa disse que este foi um evento de vida curta.
Mesmo com os atrasos causados pelo clima, a movimentação de granéis sólidos avançou 7% no primeiro trimestre, segundo a ATP.