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Movida vive novo ciclo de crescimento com grande mercado para ser explorado

30 nov 2020, 18:09 - atualizado em 30 nov 2020, 18:09
Movida
A administração assegurou que a Movida está em um posição confortável para seguir adiante com seu plano de crescimento sem precisar de um aumento de capital (Imagem: LinkedIn/Movida Aluguel de Carros)

A Movida (MOVI3) mostrou com os resultados do terceiro trimestre que entrou em um novo ciclo de crescimento, afirmou o BTG Pactual (BPAC11). A alta administração da companhia deu a entender no Investor Day que os impactos do período mais agudo da crise de covid-19 (entre abril e junho deste ano) ficaram para trás.

A administração assegurou que a Movida está em uma posição confortável para seguir adiante com seu plano de crescimento sem precisar de um aumento de capital. Pelos cálculos, a frota da empresa poderia ganhar cerca de 20 mil novos veículos e manter a alavancagem em 3 vezes – assumindo um Ebitda de R$ 1 bilhão.

“Destacamos que é esperado que o Ebitda dos últimos 12 meses atinja R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre de 2020, considerando um crescimento de 20 mil veículos para a frota. Se a eficiência e os ganhos de escala também forem considerados, essa estimativa de crescimento poderia ser expandida para 50 mil veículos com um Ebitda de R$ 1,6 bilhão e dívida líquida/Ebitda de 2,9 vezes, o que é uma alavancagem ainda aceitável”, avaliaram Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, analistas do BTG que participaram do evento da Movida.

Líder em inovação

Os analistas estão apostando alto na visão inovadora da empresa. A Movida chegou a desenvolver recentemente diversos produtos e serviços aos clientes, como o Zero Km (serviço de carro por assinatura mensal para pessoas físicas) e e o Movida Cargo (permite alugar um veículo para realização de delivery), além de ter disponibilizado veículos elétricos para aluguel e um check-in virtual para clientes do segmento de aluguel de carros.

Na avaliação do BTG, as oportunidades da Movida para criar novos produtos estão longe de acabar.

“As oportunidades de crescimento são vastas, e a companhia está bem preparada para explorar os segmentos que se encaixam melhor em seu novo e flexível modelo de negócio”, afirmaram Marquiori e Recchia.

A Movida também deve se beneficiar das tendências futuras da indústria de mobilidade: direção autônoma, conectividade do veículo, eletrificação e mobilidade compartilhada.

Colocando todos esses fatores na balança, o BTG reiterou a compra e o preço-alvo em 12 meses de R$ 25 para a ação da companhia. Além de ser um exemplo de crescimento sólido no longo prazo, a Movida é negociada a múltiplos atraentes – 16,6 vezes o P/L (preço sobre lucro) e 8,9 vezes o EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) em 2021.