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Movida prova com balanço que está bem preparada para atravessar cenário desafiador

13 ago 2020, 17:17 - atualizado em 13 ago 2020, 17:17
Movida
A Ágora Investimentos enxerga a Movida surgindo mais forte no cenário pós-covid (Imagem: Divulgação/Facebook/Movida)

A Movida (MOVI3) agradou os analistas com seus números do segundo trimestre de 2020. Para quem estava esperando um prejuízo de R$ 15 milhões, como foi o caso da XP Investimentos, o balanço certamente dá motivos para celebrar, visto que a companhia encerrou o período com um lucro de R$ 2,6 milhões.

“Os números reportados pela Movida vieram acima das expectativas, apesar de todos os desafios impostos pelo surto da covid-19. O Ebitda consolidado ficou em R$ 151 milhões, aproximadamente 30% acima da nossa estimativa e mais de 40% acima do consenso”, disse Bruna Pezzin, analista de Transporte, Bens de Capital e Shoppings da corretora.

A XP manteve a recomendação de compra do papel, com preço-alvo de R$ 19. Apesar da visibilidade limitada sobre a trajetória de recuperação da demanda, a corretora vê a Movida bem preparada para atravessar o cenário difícil causado pela pandemia, dado o seu bom posicionamento de mercado.

Seminovos

O crescimento das vendas de seminovos foi um dos principais fatores que influenciaram a performance positiva da empresa. O valor atingiu R$ 749 milhões, representando uma alta anual de 21%.

O segmento de aluguel de carros também parece estar se recuperando. Os números operacionais de julho divulgados pela Movida mostraram que a receita da categoria aumentou 40% em relação à média mensal do segundo trimestre, beneficiada pelo aumento de preços e volumes.

Lucas Marquiori, analista do BTG Pactual (BPAC11), defendeu que o quadro de crescimento da companhia no longo prazo permanece intacto. Segundo o banco, a Movida está fechando o gap com seus principais pares, expandindo cada vez mais a frota e melhorando a sua execução.

O BTG ainda destacou que a ação da Movida está atrativa, sendo negociada a 37,6 vezes o P/L (preço sobre lucro) para o fim de 2020 e 16,8 vezes o P/L para o fim de 2021, um desconto de 34% para a média do setor. Dessa forma, a recomendação de compra foi mantida, com preço-alvo em 12 meses de R$ 18.

A Ágora Investimentos, que enxerga a empresa surgindo mais forte no cenário pós-covid, também sugeriu a compra da ação, mas com preço-alvo de R$ 24.