Movida (MOVI3): Lucro salta 136% no 1T22; “Difícil para a concorrência bater esse resultado”, diz CFO
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A Movida (MOVI3) reportou lucro de R$ 258 milhões no primeiro trimestre de 2022, alta de 135% ante o mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado neste sábado (30).
Segundo a empresa, a elevação foi puxada, principalmente, pela:
- estratégia contínua de expandir e renovar sua frota;
- expansão da tarifa média, especialmente no RAC;
- incorporação com a CS Frotas, gerando sinergias operacionais no segmento de gestão e terceirização de frota (GTF);
- crescimento do Movida Zero Km, também no GTF, diluindo custos e elevando as margens no curto prazo;
Já a receita bruta superou a casa dos R$ 2 bilhões pela primeira vez, recorde em um trimestre, com crescimento de 138,5%.
O Ebitda, que mede o resultado operacional, ficou em R$ 863 milhões, elevação de 183%.
A margem Ebitda cresceu 29 pontos percentuais, indo a 87%.
No período, foram vendidos 15.225 carros, com ticket médio de R$ 64,4 mil.
“O aumento no número de carros vendidos em relação ao trimestre anterior ocorreu em decorrência do aumento de recebimento de carros ocorrido em dezembro de 2021”, explicou.
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Novo patamar da Movida
Em entrevista ao Money Times, o diretor financeiro (CFO) da Movida, Edmar Lopes, afirmou que esses bons números são resultado da execução focada no cliente e que trouxeram a empresa para um novo patamar.
“Sempre tivemos a visão de que as coisas voltariam ao normal. O bloco Movida, como um todo, está indo bem e produzindo bons resultados. O destaque é o conjunto da obra”, coloca.
A empresa teve crescimento de rentabilidade em todos os segmentos (locação, gestão de frotas e venda de seminovos).
Uma das estratégias, segundo Lopes, é continuar comprando carros novos para deixar a frota sempre nova.
“Oferecemos um carro melhor e mais novo. E com isso conseguimos ter um preço diferente. Se temos um carro mais novo podemos cobrar mais. A frota mais nova também reduz os custos de manutenção”, argumenta.
A locadora terminou o trimestre com uma frota de 192 mil carros, crescimento de 56,5%, puxado principalmente pela gestão e terceirização de frotas (GTF).
“Eu tenho pouca dúvida de que será difícil para as outras empresas bater a Movida no primeiro trimestre”, destaca.
Montadoras
Em relação ao momento complicada das montadoras, o CFO diz que o o cenário não mudou em relação ao ano passado.
“Entretendo, nós aumentamos a quantidade de carros que compramos. Não faltou carros para a Movida. Não foi fácil, mas conseguimos trazer 98 mil carros para a companhia”, coloca.
Ele enxerga que esse ano continuará difícil. “O senso comum aponta para normalização em 2022. Aí começou a guerra da Ucrânia e esse cenário foi para antes da metade de 2023”.
Economia difícil
Para o executivo, a melhor forma de driblar o cenário macro difícil é ter uma operação ajustada.
“Temos expectativas positivas para o resto do ano, os fundamentos continuam. A demanda está voltando. Estamos fazendo em um trimestre o que fazíamos em um semestre em receita”, coloca.
Questionado sobre o risco da perda de poder de compra do brasileiro afetar a empresa, Lopes diz que esse ambiente de incertezas favorece a locação de carros.
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