Movida (MOVI3): Lucro duplica e ação dispara; há espaço para alta de até 80%, dizem analistas
A Movida (MOVI3) duplicou o seu lucro em um ano: saiu de R$ 138 milhões para R$ 276 milhões neste trimestre, elevação de 99,5%. A cifra superou as estimativas dos analistas em 7%.
Os números agradaram o mercado, com os papéis da companhia de aluguel de carros saltando 6%, a R$ 16,78.
A receita líquida atingiu R$ 1,7 bilhão no quarto trimestre, expansão de 75,7%.
O Ebitda (que mede o resultado operacional) ajustado somou R$ 776,6 milhões, alta de 154%, enquanto a margem Ebitda ficou em 30%.
De acordo com o Bradesco BBI, os principais destaques do trimestre foram:
- Diária diferenciada de cerca de R$ 119 (+23% em relação ao trimestre anterior e +41% em base anual) no segmento de aluguel de carros;
- Seminovos registrou outra margem Ebitda recorde de 22,4%;
- A frota total cresceu 11% no trimestre;
A Ativa classificou o resultado como positivo. Segundo a corretora, as margens do segmento de seminovos seguem sendo beneficiadas pelas altas sucessivas nos preços dos veículos, apesar da queda no trimestre do número de carros vendidos.
O segmento de GTF (gestão de frotas) saltou 164,3% em receitas, com adição de 49 mil veículos na frota total da companhia, sendo 25 mil veículos destes veículos decorrentes da adição da CS Frotas.
Houve também aumento de 30% no ticket médio mensal, decorrente do repasse do aumento dos juros e preços dos veículos nos novos contratos.
Para o Santander, a empresa apresentou resultados sólidos em todas as divisões, impactado positivamente por uma forte expansão de rendimento na divisão Rent a Car (RAC), expansão de volume e rendimento na divisão GTF e uma margem Ebitda estável.
Já o Itaú BBA ressalta que a maior depreciação e o aumento das taxas de juros ofuscaram parte das sólidas tendências operacionais.
O que esperar daqui para frente?
O Bradesco BBI elevou o preço-alvo da ação de R$ 25 para R$ 27 após os resultados. Segundo os analistas, a Movida terá crescimento acelerado, mesmo com os gargalos na produção de veículos no Brasil. Além disso, a ação está sendo negociada a 5,2 vezes o preço sobre lucro, um desconto de 71%.
Na visão da Ativa, a Movida está inserida em um setor ainda pouco explorado e com alto potencial de crescimento.
“A mudança nos hábitos de mobilidade da população, com o crescimento de aplicativos rides sharing e de serviços de aluguel de veículos por contratos de longo prazo são tendências que se consolidarão nos próximos anos”, argumenta.
Para o BTG, os investidores continuarão olhando para frente, monitorando a evolução da alavancagem financeira com a normalização da oferta de veículos prevista para o fim de ano.
Os analistas acreditam que a ação está negociando a um atrativo preço sobre o lucro em 2022 de 6,6 vezes.
Veja as recomendações:
Corretora | Preço-alvo | Potencial |
---|---|---|
BTG Pactual | R$ 27 | 66% |
Bradesco BBI | R$ 27 | 66% |
Itaú BBA | R$ 23 | 41% |
Ativa | R$ 28,7 | 82% |
Santander | R$ 26 | 60% |
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