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Movida (MOVI3): Ações desabam 7,6% após resultado, mas números agradam a XP

02 maio 2022, 14:48 - atualizado em 02 maio 2022, 14:48
Movida
A XP manteve a recomendação de compra para Movida, mas não citou um preço-alvo especifico (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

A Movida (MOVI3) divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2022 neste último sábado (30), mas o mercado parece que não gostou muito.

As ações ordinárias da empresa desabavam 7,66%, a R$ 16,76, por volta das 14h11, desta segunda-feira (2).

No entanto, a XP Investimentos não está em linha com a queda de hoje.

Em relatório enviado aos clientes, os analistas disseram que o balanço apresentou bons números, com o lucro 19% acima das expectativas da corretora, a R$ 258 milhões.

A receita bruta superou a casa dos R$ 2 bilhões, alta de 138,5%, um novo recorde para a companhia. Seguindo essa linha, os especialistas mantiveram a recomendação de compra para o papel, mas não citaram um preço-alvo específico.

“Um dos pontos positivos é a continuidade do forte desempenho de margem dos segmentos de aluguel, com aumento de 7% nas tarifas no trimestre, indicando um cenário de oferta e demanda saudável, reforçando nossa tese de forte demanda no setor”, explicam Pedro Bruno e Lucas Laghi, que assinam o relatório.

Segundo os analistas, outro conjunto de números positivos são os dos seminovos, sustentando altas margens Ebitda em 21%.

“A Movida conseguiu aumentar sua frota total em quase 5 mil carros, apesar de ter vendido 15,2 mil (+22% T/T) e do cenário ainda desafiador de oferta do setor (esperamos uma aceleração do crescimento da frota no segundo semestre, quando acreditamos que as locadoras estão concentrando seus contratos de compra com as montadoras)”, dizem.

Mesmo com recomendação de compra para Movida, XP enxerga um pouco de razão no mercado

Segundo a XP, nem tudo são flores no resultado da Movida.

A corretora aponta que alguns números negativos foram divulgados, como o ambiente restritivo de oferta de carros, com queda 1% na comparação trimestral.

“Aumento sequencial da depreciação nas divisões RaC (+25% T/T, para R$ 4,1k/carro) e GTF (+14% T/T, para R$ 4,1k/carro), além do aumento de 275% das despesas financeiras líquidas, refletindo uma maior posição de dívida líquida, bem como taxas de juros significativamente mais altas”, concluem os analistas, que veem apenas esses três pontos como negativos.

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