Ações da Movida fecham em alta de 3,83% depois de lucro disparar 45,8% no 3º trimestre
As ações da Movida (MOVI3) fecharam a sessão desta quinta-feira (7) em forte valorização, resultado do reflexo do balanço divulgado pela companhia. No terceiro trimestre do ano, o lucro líquido aumentou em 45,8% para R$ 60,2 milhões, sendo que um ano antes foi de R$ 41,3 milhões.
Diante disso, os papéis subiram de 3,83% a R$ 16,28.
No caso da receita líquida, a companhia fechou o trimestre com R$ 960,8 milhões, um crescimento total de 57,1% na base anual, ante os R$ 611,5 milhões de 12 meses atrás. Já no segundo trimestre, as entradas foram de R$ 956,2 milhões. Assim, no acumulado do ano, o resultado agora é de R$ 2,729 bilhões.
A Movida teve ainda aumento de 60,6% no EBITDA versus o 3T18 chegando a um recorde de R$191,8 milhões no 3T19. A margem de serviços foi de 51,0%, um aumento de 12,3 p.p. no mesmo período, refletindo a evolução operacional em todas as linhas de negócios.
O avanço de 6,3 p.p.na margem EBITDA de Seminovos em comparação ao 3T18 atingindo -0,5% no trimestre. A ampliação de 82,7% no volume de carros vendidos, somada à margem bruta de 4,4% resultou em um EBITDA negativo em R$2,7 milhões, o melhor resultado desta linha de negócios desde o IPO.
O BTG Pactual (BPAC11) destaca que a dívida líquida caiu para R$ 1,53 bilhão (de R$ 1,67 bilhão no último trimestre), implicando 2,3x EBITDA LTM (de 2,8x), refletindo principalmente a conclusão da oferta subsequente em julho. A posição de caixa da Movida foi de sólidos R$ 1,6 bilhão, cobrindo vencimentos até 2021.
Para os analistas, as ações são negociadas a um atraente 15,3x P/E20, um desconto excessivo para os pares (RENT3 (RENT3) a 25,9x; LCAM3 (LCAM3) a 16,9x). O EPS deve continuar se expandindo fortemente, com previsão de um CAGR de 23% para 2019-22. Além da avaliação, o rating de compra também reflete a visão construtiva do setor, com base em sólidos pilares de crescimento (elasticidade de preço, nova mentalidade cultural, mais consolidação do setor).