Movida ultrapassa recordes e agora está pronta para acelerar ainda mais em 2021
Os resultados da Movida (MOVI3) no quarto trimestre agradaram o Inter Research, que agora espera um excelente 2021 para a companhia.
A corretora tem recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 25, o que implica valorização de 33%.
“A empresa apresentou números sólidos e dentro das nossas expectativas. A forte recuperação dos resultados indica que a companhia foi capaz de se transformar e amadurecer em um ano cheio de desafios”, afirma o analista Breno Francis de Paula.
A Movida encerrou 2020 com lucro líquido ajustado de R$ 233,6 milhões. A cifra é 2,5% maior que a de 2019.
A comparação entre o quarto trimestre de ambos os anos é ainda mais expressiva. O lucro líquido ajustado desse período, em 2020, somou R$ 138,7 milhões, um salto de 65% sobre os R$ 84,1 milhões de 2019.
A receita líquida da Movida, no ano passado, cresceu 6,5%, para R$ 4,085 bilhões, puxada pela alta de 10% nas receitas geradas pela venda de ativos. O Ebitda, que mede o resultado operacional, somou R$ 894,9 milhões, uma evolução de 19,9% sobre o ano retrasado.
“Em 2020 vimos um movimento inferior às médias históricas nas unidades próximas aos aeroportos, porém o consumidor migrou forte para viagens de curta distância”, afirma.
Na gestão de frotas, houve expansão de 9% na receita líquida no ano e 13% no trimestre, totalizando R$ 141 milhões.
“A expansão denota a transformação estrutural no segmento que ainda é pouco penetrado no Brasil. A tendência das empresas optarem por terceirizar as frotas ao invés de adquirir veículos próprios deve continuar forte nos próximos anos”, argumenta.
Outro ponto positivo foi os seminovos que, mesmo com a queda de 10% nas receitas, viu um aquecimento do mercado, fruto do choque de oferta de carros no Brasil. O preço médio do carro vendido chegou a R$ 50.153, alta de 25% em relação ao ano passado.
“De maneira geral, todas as margens consolidadas apresentaram expansão, seja na comparação anual ou trimestre”, completa.