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Mourão ‘traidor’ tira da catatonia os grupos do agro dos apps, após o golpe ‘viajar’ junto com Bolsonaro

01 jan 2023, 11:39 - atualizado em 01 jan 2023, 15:55
Bolsonaro-Mourão
Bolsonaro fora e Mourão se pronunciando à nação, azeitaram críticas nos grupos pró-golpe (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A missão das redes e grupos bolsonaristas do agronegócio, os mais estridentes e pregadores do golpe nos aplicativos de conversas, tiveram a missão facilitada de agredir o clima da posse do novo presidente Lula neste domingo. Ou melhor, foram turbinados, por assim dizer, pelo pronunciamento do presidente em exercício Hamilton Mourão.

Não seria diferente ele voltar a ser chamado de traidor e judas, depois de um período de silêncio, antes da sua eleição a senador pelo Rio Grande do Sul e, depois, com cuidadosa intensidade em defender Jair Bolsonaro enquanto este emergia em seu ocaso.

Entre catatônicos pela desmobilização das Forças Armadas, que não atenderam os chamados para o golpe, a live do ainda presidente, já de férias na Flórida, mal explicando que atos terroristas não faziam sentido (em alusão à bomba plantada perto do Aeroporto de Brasília), os grupos já estavam mais conformados, de certa forma.

Seguiam falando de fraude, do “Lula ladrão”, entre outros aforismos que marcaram as mensagens dos grupos desde antes das eleições, mas indelevelmente não esperavam nada mais além de manifestações de outros apoiadores.

A esperança de que os soldados sairiam dos quartéis, já tinha morrido quando o avião presidencial de fato ganhou os ares a caminho dos Estados Unidos, com Bolsonaro, família e a equipe de apoio a qual terá direito até sempre.

Mercado Futuro, MM, Agribusiness, Matopiba Agro, para ficarmos em alguns desses agrupamentos de gente do agronegócio ou simpatizantes, que somaim cerca de 5 mil participantes, conseguiram um certo fôlego com Mourão, que, entre outros, criticou o silêncio de Bolsonaro, a “conta paga pelas Forças Armadas” porque foram levadas a roldão pelo ex-chefe, entre outros pitacos.

Mas, bem ou mal, como já se afigura em muitos bolsonaristas que começam a se desmobilizar da frente dos quartéis, lembra do que ex-presidente de logo mais disse na live, que, diga-se de passagem, nem pode ser considerada um pronunciamento oficial como o foi o de Mourão:

“O mundo não acaba no dia 1º”.

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