Economia

Mourão defende reforma tributária para distribuir melhor as receitas

12 dez 2018, 15:22 - atualizado em 12 dez 2018, 15:22
(Antonio Cruz/Agência Brasil)

O vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, disse hoje (12) que é preciso reformar o sistema tributário para melhor distribuir as receitas entre os entes federados, com redução do peso do governo federal nessa divisão. Ao participar do Fórum de Governadores, ele disse que a União precisa repassar os recursos aos estados para atendimento às demandas da população.

“Somos da mais firme opinião de que temos de diminuir de forma radical o peso que o governo central tem sobre os demais entes da federação, temos de liberar os recursos de forma mais rápida possível e redistribuir esses recursos de modo que os estados e o Distrito Federal tenham vida própria e consigam se organizar da melhor forma possível”, disse Mourão.

O vice-presidente eleito disse que tem conversado sobre a questão tributária com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, e o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. “Sabemos que temos de passar por um severo ajuste fiscal no âmbito do governo central e, a partir daí, traçarmos as políticas que vão beneficiar a todos de forma contundente”, destacou.

Diálogo

Segundo Mourão, o governo Bolsonaro estará com as portas abertas aos governadores para ajudá-los na busca de soluções para os problemas dos estados. “Não queremos ser entraves para isso. Estamos abertos a toda e qualquer negociação que tiver de ser feita”, disse.

Para Mourão, os problemas dos governantes são comuns e estão ligados às dificuldades do Estado brasileiro de cumprir sua missão. “Em um momento que as demandas sociais são intensas, e todos [estados] vivem uma crise fiscal com as dificuldades inerentes a ela, teremos de buscar soluções em conjunto para atingir nossos objetivos, que são garantir o bem-estar da população”, disse.

Ao falar tanto para governadores aliados como de oposição, Mourão disse que o futuro governo terá um modo novo de se relacionar com os entes federados. “É um momento importante de mudança na forma de conduzir os destinos da nossa nação. Faz parte da alternância democrática. E todos entendem isso”, afirmou. “Não tenho dúvidas de que o governo central não pode ser mais forte que cada um dos entes federados: somos a soma dos 26 estados e o Distrito Federal.”

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