Política

Mourão defende presidente da Petrobras e critica intervenção em preços

14 mar 2022, 14:20 - atualizado em 14 mar 2022, 14:30
Hamilton Mourão
No último sábado, 12, Bolsonaro voltou a criticar a política de preços da Petrobras, que anunciou um forte reajuste dos combustíveis na semana passada (Imagem: Facebook/General Hamilton Mourão)

Em mais um sinal de distanciamento em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB, mas de mudança para o Republicanos) saiu em defesa do presidente da Petrobras (PETR4), Joaquim Silva e Luna, e criticou a possibilidade de intervenção nos preços dos combustíveis.

O governo estuda a criação de um subsídio para conter a disparada dos produtos.

De acordo com Mourão, Silva e Luna “é resiliente, sempre foi”. “Como um bom nordestino, aguenta pressão”, declarou o vice-presidente na chegada ao Palácio do Planalto.

No último sábado, 12, Bolsonaro voltou a criticar a política de preços da Petrobras, que anunciou um forte reajuste dos combustíveis na semana passada, e disse que qualquer um em seu governo pode ser trocado.

Mourão ainda se mostrou contrário a uma intervenção no valor cobrado pelos combustíveis no País. “Intervenção no preço é algo que a gente sabe como começa e o término sempre vai ser uma bagunça”, declarou.

Preocupado com a escalada do preço dos combustíveis – e seu impacto eleitoral -, o Executivo trabalha a hipótese de criar um subsídio para os produtos, caso a guerra entre Rússia e Ucrânia perdure e continue a pressionar a cotação do petróleo no mercado internacional, repassada pela Petrobras aos consumidores, ainda que parcialmente.

“O governo está buscando soluções junto com o Congresso, mudança do cálculo do ICMS, questão de fundo para estabilização, a redução do PIS/Cofins a zero. Então, são soluções que estão sendo buscadas em um momento difícil do mundo que, uma vez solucionada a situação do conflito vivido entre a Rússia e a Ucrânia, a tendência é que o preço volte aos níveis anteriores”, acrescentou o vice-presidente sobre o tema.

As mudanças no ICMS cobrado pelos Estados sobre os combustíveis foram aprovadas pelo Congresso na última quinta-feira e sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro na noite de sexta-feira. O chefe do Executivo, no entanto, considera as alterações insuficientes e já acenou com a possibilidade de zerar o PIS/Cofins incidente sobre a gasolina.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar