Mourão confirma fim da GLO na Amazônia, mas diz que militares prestarão apoio logístico
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira que foi acertado o encerramento da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no combate a crimes ambientais na Amazônia, mas destacou que os militares vão continuar a prestar apoio logístico em ações na região que serão coordenadas por órgãos civis de fiscalização.
Em rápida entrevista na chegada ao prédio da Vice-Presidência, Mourão –que coordena o Conselho Nacional da Amazônia Legal– disse que o orçamento do Ministério do Meio Ambiente foi duplicado e haverá um repasse de recursos para o suporte do Ministério da Defesa.
“Sem renovação da GLO. O que foi acertado: as Forças Armadas continuam a prestar apoio logístico, de comunicações e de inteligência.
O Ministério do Meio Ambiente, que teve o seu orçamento duplicado, repassa o recurso necessário para o Ministério da Defesa. Coordenação feita dentro do grupo gestor e pronto, segue o baile”, contou.
Segundo Mourão, a mudança decorre do fato de que as agências ambientais estão com mais gente agora em condições de trabalhar, citando que ano passado a intensidade da Covid era muito maior e não havia muita gente não vacinada.
A GLO da Amazônia havia sido autorizada no final de julho e inicialmente se encerraria no final de agosto. Posteriormente, o governo decidiu prorrogá-la por mais 45 dias. Em junho, quando anunciou que essa operação estava sendo analisada, Mourão afirmou que os números de desmatamento não eram bons.
Um outra GLO, iniciada em maio de 2020, vigorou até 30 de abril deste ano.