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Motos elétricas da África Oriental prometem futuro sem carbono

27 dez 2020, 14:14 - atualizado em 24 dez 2020, 21:17
Ruanda
O interesse é particularmente forte na África Oriental, a região de crescimento mais rápido, onde a população deverá mais do que dobrar até 2050 (Imagem: Pixabay)

Quando o presidente de Ruanda disse em agosto passado que queria que todas as motocicletas do país fossem elétricas o mais rápido possível, a lista de espera da Ampersand deu um salto.

A primeira empresa de motocicletas elétricas de Ruanda agora tem cerca de 7 mil pessoas na fila para seus veículos. O problema é que a empresa pode entregar apenas 40 unidades até o final de março.

Para Josh Whale, CEO da Ampersand, a demanda mostra que a população da África não está satisfeita com tendências de segunda mão de países ricos. As pessoas estão impacientes pela tecnologia mais eficiente.

“Os países aqui pularam os telefones fixos e foram direto para os celulares, e pularam as finanças convencionais para ir direto ao dinheiro móvel”, disse. “Agora, o crescimento da África pula da gasolina para os veículos elétricos.”

O interesse é particularmente forte na África Oriental, a região de crescimento mais rápido, onde a população deverá mais do que dobrar até 2050 e muito dinheiro está fluindo para o crescimento e estabilização da rede elétrica.

As fontes renováveis já respondem por quase 90% do fornecimento de energia em alguns países da região, de acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável.

Startups de motocicletas elétricas surgiram em toda a região nos últimos dois anos para suprir o mercado e administrar condutores de mototáxis que operam o meio de transporte público mais comum na maioria das cidades.

A Ampersand e a Safi, outra startup, operam em Ruanda. No Quênia, as motos são chamadas principalmente de boda-bodas, onde ARC Ride e Ecobodaa preveem lançamentos em breve, e em Uganda, onde Bodawerk e Zembo fornecem versões elétricas para motoqueiros locais.

A adoção da tecnologia verde cresce no Quênia, onde a geradora de eletricidade do governo gastou centenas de milhões de dólares para extraor energia geotérmica do vulcânico Vale do Rift.

Isso fornece quase metade da energia da rede do país, que a ARC Ride usará para carregar sua frota de riquixás e motocicletas elétricas, importados da Índia. A partir de janeiro, seus condutores vão trabalhar com Sendy e Amitruck, duas das maiores entregadoras do país, além de transportar pessoas.

Os veículos elétricos da ARC Ride estarão entre os primeiros a competir com mototáxis movidas a gasolina de Nairóbi, que somam mais de 100 mil. A empresa diz que está em negociações com a Bolt para ajudar a oferecer condutores para seus serviços de transporte de passageiros e entrega. A Bolt não quis comentar detalhes dos planos.

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