Petrobras

Motoristas de apps querem mudança na política de preços da Petrobras (PETR4); trocas de CEOs são “inúteis”

24 maio 2022, 18:58 - atualizado em 24 maio 2022, 18:58
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A Petrobras (PETR4) caminha para seu quarto presidente desde o início do governo (Imagem: REUTERS/Diego Vara)

Os motoristas por aplicativos encaram com desesperança a nova mudança na chefia da Petrobras (PETR3;PETR4)  anunciada na segunda-feira (23), acompanhando reações desconfiadas de categorias como a dos caminhoneiros.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) demitiu, na véspera, José Mauro Coelho e convidou Caio de Andrade para presidir a estatal. Com a indicação, que ainda depende de aprovação na assembleia de acionistas, a estatal caminha para seu quarto presidente desde o início do governo.

Para Eduardo Lima, presidente da Associação de Motoristas de Aplicativo de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro, apesar de “estar se esforçando”, não têm tido sucesso em aliviar a situação dos que dependem dos combustíveis para trabalhar.

“Ele está fazendo tudo que pode para não entrar no mérito de tirar o preço do petróleo do dólar, porém as investidas dele estão sendo inúteis”, frisou.

Lima crê que as trocas de chefia são apenas uma forma de ganhar tempo e desviar atenções do problema dos sucessivos aumentos dos combustíveis no país.

“Trocas de chefias apenas geram esperança para a população. Além disso, tem o tempo que eles ganham, pois ninguém vai partir para a cobrança de uma nova chefia, devido o fato de que eles estão entrando agora”, disse.

O líder acredita que a solução definitiva, para além de trocas de presidentes na estatal, é a mudança da política de preços da estatal, que atualmente atrela o preço dos combustíveis ao dólar.

“É o certo a se fazer. Ele tem que desentrelaçar o petróleo do dólar, porque, se não fizer isso, os preços vão continuar disparando”, afirmou.

Em mensagem ao possível novo CEO, Lima afirmou que os interesses da sociedade devem ser priorizados aos interesses dos acionistas minoritários da empresa.

“Olhem para o povo brasileiro. Sabemos dos desconfortos que podem ser gerados a acionistas, mas é melhor os acionistas chorarem do que o povo, uma nação”, disse.

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