Moscou aumenta o tom de quem ‘avisa amigo é’ e mercados agrícolas voltam à mira
Falta muito pouco para a Rússia voltar a botar fogo nos mercados de commodities agrícolas. E no petróleo também.
Sergei Lavrov, o ministro das Relações Exteriores, passou o recado: o Ocidente não estaria honrando com a promessa de facilitar as exportações de grãos e fertilizantes do país, que teria sido acordada em troca da liberação de escoamento das commodities da Ucrânia.
Daí que está aberta a possibilidade de Vladimir Putin mandar fechar o corredor do Mar Negro.
O trigo e o milho do país, além de outros grãos, começaram a sair e tiraram a pressão de preços mais altos a partir do fim de julho.
Apesar da quebra das safras – trigo, de 32 milhões de toneladas para 19 nesta safra -, e dos problemas logísticos internos, tudo pela ocupação russa, ainda assim é oferta entrando nos mercados.
E a Ucrânia se prepara para semear as safras de inverno, pelo menos onde e o que der.
Há dias, o gasoduto Nord Stream, que serve à Europa, está fechado. Não tem bombeamento, também pelo mesmo motivo.
Como Moscou não pode abrir mão das divisas com o petróleo para os membros europeus da Otan, o óleo está ainda poupado.
Mas o grau de irritação que a permanência dos bloqueios ocidentais pode causar não está descartada, principalmente com a resistência ucraniana surpreendendo e mais armas e dinheiro chegando dos Estados Unidos.
A Rússia pode apostar no tudo ou nada.
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