Morte de Alexei Navalny, opositor de Putin, mostra ‘fraqueza e podridão no coração do sistema que Putin construiu’, diz Blinken

Alexei Navalny, líder da oposição russa ao atual presidente do país, Vladimir Putin, morreu nesta sexta-feira (16) na prisão da região de Yamalo-Nenets. As informações são do serviço penitenciário federal da Rússia, que afirmou que ele “se sentiu mal” após uma caminhada e “perdeu quase imediatamente a consciência”.

De acordo com o órgão russo, uma equipe médica foi chamada, mas não conseguiu reanimar o político. A causa exata da morte ainda não foi declarada.

Navalny morreu aos 47 anos. A previsão era cumprir 19 anos de pena na prisão, após ser acusado em agosto do ano passado de outras acusações que já rendiam uma pena de 11 anos. As acusações são diversas, passando de fraude a financiamento de ativistas extremistas.

O oposicionista nega as alegações, afirmando que elas foram realizadas para mantê-lo fora da política russa.

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Alexei estava sendo mantido na colônia IK-3, conhecida como “Lobo Polar”, situada na cidade de Kharp, a 1900 quilômetros de Moscou, capital da Rússia.

Em agosto de 2020, ele passou mal em um avião que seguia da Sibéria em direção a Moscou. Ao pousar na Alemanha para receber atendimento médico, as autoridades alemãs afirmaram que Alexei Navalny foi envenenado com Novichok, um agente químico.

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Líderes mundiais reagem à morte de Alexei Navalny

Na rede social X, antigo Twitter, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que o “regime russo é o único responsável” pela morte de Navalny.

O ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros da França, Séphane Séjourné, afirmou que Alexei “pagou com a vida a sua resistência a um sistema de opressão”.

Já Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, afirmou que, caso a notícia da morte de Navalny for verdadeira, a situação ressalta “a fraqueza e a podridão no coração do sistema que Putin construiu”.

A equipe de Navalny ainda não recebeu a confirmação da morte. De acordo com a BBC, um dos advogados do líder da oposição viajou para a Sibéria em busca de mais detalhes.