Morre policial do Capitólio ferido durante confronto com apoiadores de Trump
Um oficial da Polícia do Capitólio dos EUA, Brian Sicknick, morreu em decorrência dos ferimentos sofridos quando apoiadores do presidente Donald Trump invadiram o prédio legislativo, informou a polícia, elevando para cinco o número de mortos na confusão.
A invasão ao edifício do Capitólio dos EUA, na quarta-feira, ocorreu enquanto parlamentares estavam no local para certificar a vitória do presidente eleito Joe Biden.
“O oficial Sicknick estava respondendo aos distúrbios … e foi ferido ao se envolver fisicamente com os manifestantes”, disse a polícia em um comunicado.
Ele morreu na quinta-feira depois de ser levado ao hospital quando desmaiou ao retornar à sua divisão, segundo a nota. Uma afiliada da CBS News relatou que Sicknick era um veterano de 15 anos na força e tinha 40 anos.
Autoridades da divisão de homicídios metropolitanos irão investigar a morte de Sicknick, que se juntou à Polícia do Capitólio dos EUA em 2008.
Separadamente, na quinta-feira, o chefe de polícia do Capitólio, Steven Sund, disse em uma carta de demissão que fica fora do cargo a partir de 16 de janeiro.
A demissão de Sund foi solicitada pela presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, depois que a força federal encarregada de proteger o Congresso foi incapaz de impedir que os apoiadores de Trump invadissem o Capitólio na quarta-feira.
Trump, que inicialmente elogiou seus apoiadores, mais tarde condenou a violência, dizendo que os manifestantes desonraram a sede da democracia norte-americana e devem ser responsabilizados. Uma manifestante foi morta a tiros pelas autoridades e três pessoas morreram em emergências médicas.
Depois de um comício em que Trump exortou seus partidários a lutar para reverter a eleição de 3 de novembro que ele perdeu, centenas deles invadiram o Capitólio, forçando a saída de senadores e deputados enquanto quebravam janelas e saqueavam.
A secretária de Transportes dos EUA, Elaine Chao, e a secretária de educação, Betsy DeVos, renunciaram na quinta-feira, juntando-se a uma lista crescente de assessores que deixaram o governo de Trump em protesto contra a invasão do Capitólio.