Política

“Moro tem a nossa confiança”, diz ministro da Defesa

10 jun 2019, 19:07 - atualizado em 10 jun 2019, 19:07
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, se manifestou sobre as mensagens envolvendo o ministro da Justiça, Sergio Moro (José Cruz/Arquivo Agência Brasil)

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou hoje (10) que o ministro Sergio Moro, titular da pasta da Justiça e Segurança Pública, tem a sua confiança. A declaração foi uma referência à reportagem do site de notícias The Intercept Brasil, divulgada no último domingo (9), que revelou trechos de mensagens atribuídas a Moro e a membros da força-tarefa da Lava Jato que apontariam para uma suposta “colaboração proibida” entre o então juiz federal e os procuradores.

“Preciso me aprofundar nesse fato recente, vamos ver o que realmente aconteceu, mas uma coisa eu falo, o ministro Moro tem a total confiança nossa. Ele é um homem de muito respeito e do bem”, disse Azevedo e Silva a jornalistas, logo após participar da cerimônia de 20 anos de criação do Ministério da Defesa.

O evento contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro, do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, além de ministros e diversas autoridades.

O presidente Bolsonaro dedicou parte de seu discurso para enaltecer sua equipe ministerial. “Encontramos uma nação bastante sofrida na questão ética, moral e econômica. Mas, com o time como esse que nós temos, que são gente do povo, muitos abriram mão de coisas particulares para estar entre nós”, disse.

20 anos

O ministério da Defesa foi criado em 1999 para reforçar a articulação das Forças Armadas e melhorar a relação com as outras áreas do Estado. A pasta reuniu os então ministérios da Marinha e do Exército, criados em 1822, e o da Aeronáutica, criado em 1921. Na cerimônia de hoje, também foi entregue a medalha Ordem do Mérito da Defesa, a um total de 231 personalidades.

Ao comentar sobre a criação da pasta, Bolsonaro disse ter sido contra a medida por entender, na época, que o objetivo era retirar os militares “das discussões dos grandes temas nacionais”, já que, até o governo Temer, apenas civis haviam ocupado a função.

O presidente disse que faltava alguém na pasta que entendesse do assunto.

“Assim como eu escolhi um ministério técnico, os 22 ministros, entre eles, o da Defesa, nós, que pese alguns altos e baixos durante esses anos todos, carecíamos de alguém que entendesse da questão, que tratasse dos problemas relativos às Forças Armadas, pelo bem do Brasil, com conhecimento de causa. O presidente anterior deu o primeiro passo, escolhendo para ocupar a Defesa um general do Exército, Silva e Luna. Começou uma mudança ali e reconheço esse trabalho do governo Temer. Nós já tínhamos isso [indicar um militar] como decisão nossa”, afirmou.

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